Medicina Nuclear é uma especialidade médica 
que emprega fontes abertas de radionuclídeos com finalidade diagnóstica e
 terapêutica. Habitualmente os materiais radioativos são administrados 
in vivo e apresenta distribuição para determinados órgãos ou tipos 
celulares. Esta distribuição pode ser ditada por características do 
próprio elemento radioativo, como no caso das formas radioativas do 
iodo, que a semelhança do iodo não-radioativo é captado pela tireóide 
que o emprega na síntese hormonal. Outras vezes o elemento radioativo é 
ligado a um outro grupo químico, formando um radiofármaco com afinidade 
por determinados tecido, como no caso dos compostos a base de fosfato 
ligados ao tecnécio-99m que são captados pelos ossos.
 Nas aplicações diagnósticas a distribuição do radiofármaco no corpo do 
paciente é conhecida a partir de imagens bidimensionais (planares) ou 
tomográficas (SPECT), geradas em um equipamento denominado câmara 
cintilográfica. A maior ou menor captação dos compostos permite avaliar a
 função dos tecidos, ao contrário da maioria dos métodos radiológicos 
que dão maior ênfase na avaliação anatômica dos órgão. A avaliação 
funcional realizada pela medicina nuclear traz, muitas vezes, 
informações diagnósticas de forma precoce em diferentes patologias.
 A radioatividade da maioria dos elementos empregados cai para a metade 
(tempo denominado de meia vida) em questão de horas ou dias e a radiação
 emitida é do tipo gama, similar aos raios X. O tempo de permanência dos
 materiais radioativos no corpo do paciente é ainda mais reduzido 
considerando-se que muitas vezes ocorre eliminação deste pela urina. 
Tomando como exemplo o tecnécio-99m, isótopo empregado
 para a marcação da maioria dos radiofármacos, verificamos que sua 
meia-vida é de apenas 6 horas e emite radiação gama com energia de 140 
keV. A dose de radiação baixa dose de radiação dos procedimentos 
diagnósticos é, de forma geral, similar ou inferior à de outros métodos 
diagnósticos que empreguem raios X.
 Alguns radioisótopos emitem radiação beta, com muito maior poder de 
ionização dos tecidos que a radiação gama. Estes materiais também têm 
sua captação dirigida para certos tecidos, como no já citado exemplo do 
iodo-131 que é captado pela tireóide. Quando administrados em altas 
atividades, estes isótopos podem ser empregados com finalidade 
terapêutica (no exemplo citado, o iodo-131 permite a redução seletiva do
 parênquima glandular em casos de hipertireoidismo ou mesmo o tratamento
 de metástases do carcinoma bem diferenciado da tireóide).
Link original: http://www.sbmn.org.br/site/faq/visualiza/52
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