terça-feira, 30 de agosto de 2011

Discussão de casos em Cardiologia

São Paulo

No dia 17 de outubro de 2011, às 20 horas, no Hotel Hampton Park (Al. Campinas, 1.213), em São Paulo, a SBBMN promove discussão de casos em Cardiologia, com coordenação da Dra. Paola Smanio, chefe do setor de Medicina Nuclear do Hospital Dante Pazzanese e do Laboratório Fleury. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Informações e inscrição no site http://www.sbbmn.og.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=652



Palestra no Rio de Janeiro reúne médicos nucleares e neurologistas

Rio de Janeiro


No dia 22 de agosto de 2011, no Rio de Janeiro, a SBBMN promoveu uma palestra sobre as aplicações do PET em Neurologia, que contou com a participação maciça de médicos nucleares e neurologistas. Foi uma honra contar com a participação do professor e palestrante Sérgio Novis, um ícone da Neurologia e da Academia Brasileira de Medicina. Compareceram 70 pessoas e houve um jantar de confraternização patrocinado pela RE Radiofarmácia. Na foto: Edson Roman, R2 Radiofarmácia, Dr. José Leite, professor Sérgio Novis e professora e palestrante Soniza Leon.


Congresso ALASBIMN vale 20 pontos para Medicina Nuclear

Pernambuco

A Comissão Nacional de Acreditação pontuou em o Congresso ALASBIMN, que acontece entre 28 de setembro a 1º de outubro de 2011, em Porto de Galinhas, Pernambuco, no Summerville Beach Resort. Estima-se que 800 profissionais ligados à Medicina Nuclear, como médicos nucleares, físicos, radiofarmacêuticos, químicos, biomédicos, tecnólogos, residentes e estagiários participem. Mais detalhes no site http://www.alasbimnbrasil2011.com.br/. Confira a pontuação:

Medicina Nuclear - 20 pontos
Radiologia – 10 pontos
Cancerologia – 10 pontos
Cardiologia – 10 pontos
Infectologia - 2,5 pontos
Neurologia - 2,0 pontos

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=653

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gigante da saúde investe R$ 10 mi em unidade no Brasil - Folha de S. Paulo

Fonte: Folha de S. Paulo

Com o A.C. Camargo, a Cardinal vai montar aparelho que produz radiofármacos para exames e tratamentos

Grupo chega quando o Congresso discute a quebra do monopólio estatal do insumo, que gira US$ 6 bi nos EUA

Claúdia Collucci
de São Paulo

Líder mundial em produtos de saúde, com receita anual de US$ 103 bilhões, a norte-americana Cardinal Health abrirá unidade no Brasil, a primeira na América do Sul.

Na próxima terça, a empresa assina parceria com o Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, referência em atendimento, ensino e pesquisa oncológica.

O investimento inicial será de R$ 10 milhões e envolve a montagem de um ciclotron, aparelho que produz radiofármacos, usados principalmente em exames de imagem (como tomografias) e tratamentos (radioterapia).

Segundo Irlau Machado, CEO do A.C. Camargo, além de insumos, a parceria com a Cardinal permitirá a abertura de linhas de pesquisas de novos marcadores para o diagnóstico e terapia de várias doenças, como o câncer.

"É uma tecnologia muito promissora, e a proximidade com a fábrica nos trará mais ideias e possibilidades de inovação", diz ele.

John Rademacher, presidente mundial da divisão de medicina nuclear da Cardinal, disse à Folha que só detalhará na próxima terça-feira os projetos que pretende desenvolver no Brasil.

A Cardinal chega ao país em um momento estratégico. O Congresso estuda a quebra total do monopólio estatal da produção e venda de radiofármacos. Nos EUA, o mercado movimenta cerca US$ 6 bilhões por ano.

Parte desse material (radiofármacos de meia-vida curta) já tinha sido liberada para a iniciativa privada em 2006, quando a emenda nº 49 alterou o texto constitucional que garantia o monopólio da União.

Mas o filão desse mercado são os radiofármacos de meia-vida maior, como o tecnésio-99, usado em cerca de 90% dos exames de medicina nuclear no país (cintilografias, por exemplo).

Importação

Hoje o Brasil importa esse material do Canadá, maior produtor mundial. Semanalmente, a matéria-prima do tecnésio (molibdênio-99) chega ao Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), que fraciona o material e o distribui para os serviços de saúde.

Em 2010, o país sofreu uma crise no abastecimento porque o reator canadense --responsável por 40% da produção mundial do molibdênio-99 e por toda a demanda brasileira-- parou de operar por problemas técnicos.

Para Jair Mengatti, diretor de radiofarmácia do Ipen, se houver quebra total do monopólio de radiofármacos, a estatal CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) não terá como competir. "Especialmente se mantida a estrutura atual, sem a agilidade gerencial e financeira que grandes multinacionais, como a Cardinal, têm."

Segundo Irlau Machado, inicialmente o foco da Cardinal no A.C. Camargo será na produção de radiofármacos de meia-vida curta (FDG), usado em um sofisticado exame de imagem, chamado PET-CT, capaz de identificar o câncer em estágio inicial e mostrar em tempo real como o corpo reage ao tratamento.

O A.C. Camargo é a instituição que mais realiza o exame no país --35 por dia, em média-- e gasta R$ 5 milhões anualmente na compra desses insumos. O Ipen é o principal fornecedor.

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) também tem um ciclotron que produz esse radiofármaco e abastece, além do instituto, outras unidades do complexo do Hospital das Clínicas que realizam o PET-CT.

Grupo espera crescimento dos exames no país

De São Paulo

A produção mundial de radiofármacos cresceu muito desde a década de 90 em razão de pesquisas voltadas para a aplicação das técnicas de medicina nuclear nos diagnósticos e terapias em diversas áreas, como cardiologia, oncologia e neurologia.

A combinação de marcadores produzidos pela indústria de radiofármacos e novos equipamentos de imagem permitiu uma qualidade de diagnóstico sem precedentes.

Atualmente, o Ipen/CNEN é responsável por 95% da demanda nacional de radiofármacos. No primeiro semestre deste ano, faturou R$ 38 milhões com a distribuição do produto para clínicas e hospitais públicos e privados.

Segundo Jair Mengatti, diretor da radiofarmácia do Ipen, a produção atual atende a demanda. Por isso, afirma que a vinda da Cardinal aposta no crescimento do mercado.

A Cardinal opera atualmente 150 radiofarmácias e é proprietária de 37 ciclotrons. O principal radiofármaco produzido pela empresa é para o PET-CT.

No Brasil, esse exame não é coberto pelo SUS.

Os planos de saúde também só o reembolsam para três indicações (linfoma, câncer de pulmão e câncer colorretal). A expectativa é que, aos poucos, mais indicações sejam incorporadas no setor público e privado.

Carlos Buschpiguel, da USP, considera "fantástica" a entrada da Cardinal no Brasil: "É uma empresa de destaque no cenário internacional, que tem interface com universidades e companhias farmacêuticas americanas. Vai trazer tecnologia e expertise para a comunidade médica".


Brasil tem projeto para reator nacional, mas faltam recursos

De São Paulo

O Brasil tem pronto um projeto para construir um reator nacional, que tornaria o país autossuficiente na produção de vários tipos de radiofármacos, especialmente o molibdênio-99, que hoje é importado do Canadá.

Além de produzir radiofármacos para diagnóstico e radioterapia, o RMB também seria usado em testes de irradiação de materiais e combustíveis e em pesquisas com feixes de nêutrons.

O problema é a falta de recursos.

Para ser construído, o reator demandaria investimentos da ordem de US$ 500 milhões e demoraria entre seis e sete anos para ficar pronto. E ainda não há previsão orçamentária para isso.

O lobby para sua viabilização é forte e, se o projeto sair do papel, provavelmente o empreendimento ficará no Estado do Rio de Janeiro, onde já existe a maior parte dos investimentos na área nuclear nacional.

Antônio Gaudério - 30.jun.03
Paciente faz exame PET-CT, que identifica câncer em fase inicial, no Hospital Sírio Libanês

Link original: https://www.ipen.br/sitio/?idc=10017

Ipen aumenta potência de reator para ampliar pesquisas sobre câncer - site Redenoticia


Localizado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), o reator nuclear IEA-R1 teve sua potência aumentada para 4,5MW, no último dia 1º. A melhoria possibilitará a ampliação do atendimento à demanda para produção de radiofármacos – substâncias utilizadas no diagnóstico e no tratamento em medicina nuclear – e para a prestação de serviços de irradiação de amostras para pesquisa.

Na prática, o reator IEA-R1 produz elementos químicos que são empregados, por exemplo, na confecção dos radiofármacos usados no tratamento do câncer de próstata, para o alívio das dores em metástases ósseas e em diagnósticos e terapias para disfunções na tiróide, entre outros.

“Todos ganham com o aumento da potência: a instituição, os pesquisadores e principalmente, a sociedade brasileira. Nosso reator tem muito a oferecer até que o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) seja construído e, mesmo depois do início de sua operação”, explica Walter Ricci Filho, gerente-adjunto de Operação e Manutenção do Reator IEA-R1 (CRO).

Em operação desde 1957, o IEA-R1 tem por finalidade a irradiação de amostras para pesquisas com Física Nuclear, Radiofarmácia, Radioquímica, além de ser importante instrumento para o treinamento e formação de recursos humanos para a área nuclear.

Nas primeiras décadas, o reator operou a 2MW, embora seja projetado para atingir 5MW. A partir de 1994, passou a operar com 3 a 3,5MW. Ao longo do tempo, várias modernizações foram realizadas para permitir o aumento da potência: reformas no saguão da piscina, na sala de controle, nos sistemas de refrigeração, de aquisição de dados e na instrumentação.

O núcleo do reator IEA-R1 fica submerso em uma piscina, a cerca de nove metros de profundidade e possui 144 posições que permitem irradiações de materiais. Seu sistema possibilita irradiações mais breves e 9 tubos de irradiação horizontais (beam holes) são utilizados para pesquisas com feixes de nêutrons em física nuclear, física do estado sólido e pesquisas em terapia de câncer.

As reformas foram possíveis em razão de investimentos feitos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e de projetos da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) em parceria com órgãos de fomento.

Link original: https://www.ipen.br/sitio/?idc=10012

Atuação na área de pesquisa coloca CNEN entre as dez principais titulares de registros de patentes no Brasil - Informe CNEN

Fonte: Informe CNEN
Comunicação CNEN

O princípio da inovação motivou a mudança de nome do MCT para Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Uma de suas unidades, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), há anos vem trabalhando com essa meta e alcançou resultados bastante concretos. É o que mostra o estudo divulgado no início de agosto pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A CNEN ficou entre as dez principais titulares de registros de patentes no Brasil.

A CNEN atua no licenciamento e controle das atividades nucleares no Brasil e também realiza pesquisas em tecnologias da área nuclear e correlatas. A instituição possui 14 unidades distribuídas por nove estados brasileiros. Entre elas estão importantes centros de pesquisa com reconhecimento nacional e internacional, como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo; Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Minas Gerais; Instituto de Radioproteação e Dosimetria (IRD) e Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro. “O destaque da CNEN quanto ao registro de patentes é resultado do alto nível técnico de seus profissionais, das pesquisas científicas e tecnológicas desenvolvidas e do reconhecimento por parte da instituição da importância que a inovação representa para o desenvolvimento do país ”, analisa o titular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN , José Augusto Perrotta.

O estudo do INPI foi intitulado "Principais Titulares de Pedidos de Patente no Brasil, com Prioridade Brasileira, Depositados no Período de 2004 a 2008". O trabalho evidenciou que as universidades, instituições públicas e empresas estatais foram as principais responsáveis pelo avanço dos pedidos de patentes no País. A conclusão resulta de comparação com o estudo anterior, do período de 1999 a 2003. No primeiro estudo, entre os dez maiores responsáveis pelos registros de patentes, quatro eram universidades, instituições públicas e empresas estatais. No estudo mais recente, estas organizações eram oito entre as dez maiores solicitantes de registros de patentes.

Realizado pelas pesquisadoras Cristina de Souza Mendes, Luci Mary Gonzalez Gullo e Rafaela Di Sabato Guerrante, o estudo do INPI montou uma espécie de ranking das instituições mais inovadoras do país, conforme a quantidade de registros de patentes solicitados. A Petrobras está a frente, com 388 pedidos, seguida por Unicamp (272), USP (264), Whirlpool (174), UFMG (154), UFRJ (141), Fapesp (129), Semeato (114), CNEN (83) e Fapemig (68).

Link original: https://www.ipen.br/sitio/?idc=10024

Delegação norte-americana visita o Ipen

E. R. Paiva
Delegação dos EUA acompanha visita ao Espaço Cultural Marcello Damy guiados pelo superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira Junior e pelo presidente da CNEN, Angelo Fernando Padilha

A CNEN recebeu no dia 15 de agosto a visita de uma delegação dos EUA liderada pelo subsecretário americano de Energia, Daniel Poneman, acompanhado de membros do Departamento de Energia. Participaram ainda da visita o embaixador norte-americano e coordenador para assuntos na área de energia, Carlos Pascual, e o chefe para assuntos econômicos do consulado geral dos Estados Unidos, Jonathan Posner. A comitiva foi recebida no Ipen, em São Paulo, pelo presidente da CNEN, Ângelo Fernando Padilha, e pelos diretores de Radioproteção e Segurança Nuclear, Laércio Antonio Vinhas, e de Pesquisa e Desenvolvimento, José Augusto Perrotta, além do superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira Junior, e dos diretores do instituto Linda Caldas e José Carlos Bressiani.

Vieira Junior apresentou o espaço cultural Marcello Damy, as áreas de atuação institucional e as realizações do instituto ao longo de mais de meio século de história. O presidente da CNEN apresentou a estrutura do Programa Nuclear Brasileiro e as principais metas da CNEN para os próximos anos: o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB); a criação da Agência Reguladora Nuclear Brasileira; o desenvolvimento de projeto para depósitos de baixa e média atividade de rejeitos radioativos; a criação do Laboratório Nacional de Fusão Nuclear. Destacou ainda que o instituto e a pesquisa nuclear se iniciaram com o programa norte-americano "Átomos para a Paz". Laércio Vinhas pontuou que todas as instalações nucleares do país estão sob salvaguardas nacionais e internacionais.

E. R. Paiva
O presidente da CNEN, Angelo Fernando Padilha, apresentou à comitiva dos EUA a estrutura do Programa Nuclear Brasileiro


Para o presidente da CNEN as possibilidades de cooperação são imensas. “Acho que nossos presidentes estão corretos em nos indicar esse caminho”, afirmou o subsecretário norte-americano. Após assistir vídeo institucional do Ipen, Poneman destacou os usos das aplicações sociais da energia nuclear, notadamente medicina e alimentos, e a formação de recursos humanos como áreas importantes em que a CNEN e seus institutos atuam. Mostrou interesse na área de pesquisa e desenvolvimento de combustíveis para reatores de potência e pesquisa.

A delegação visita o país para a abertura de um diálogo estratégico bilateral que aumente o comércio entre ambos os países, impulsione a abertura de mercados e fomente a cooperação na área de energia. A iniciativa será lançada em Brasília no dia 17 de agosto e faz parte de um compromisso assumido entre os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff em março deste ano. A cooperação no setor energético de ambos os países é voltada a investimentos em energia segura e barata, respeitando o meio ambiente.

SBBMN na ANVISA

Brasília


No dia 17 de agosto de 2011, na sede da ANVISA, em Brasília, o presidente da SBBMN, Dr. Celso Darío Ramos, se reuniu com o diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Brás Aparecido Barbano. Participaram também Jair Mengatti, segundo vice-presidente da SBBMN, Marcelo Moreira, Luciana Porto e Maryangela Santos, os três da ANVISA.  “A reunião foi muito produtiva e a tônica foi o desenvolvimento da Medicina Nuclear no País”, afirma o Dr. Darío que acrescenta: “A reunião foi bastante cordial e surgiram várias propostas”. A diretoria da SBBMN fez um relato do panorama atual da Medicina Nuclear e da produção de radiofármacos no Brasil. Os representantes da ANVISA ressaltaram que, desde 2007, buscam capacitar seus servidores na área e a diretoria da Sociedade se comprometeu a contribuir no que for possível. Os representantes da ANVISA ressaltaram ainda estarem cientes da situação do IPEN em relação às RDCs 63 e 64 e que as medidas necessárias para garantir o fornecimento de materiais radioativos pelo IPEN serão encaminhadas. Foram discutidas várias ações conjuntas entre a SBBMN e a ANVISA para favorecer a formação de profissionais envolvidos com a Medicina Nuclear. Na foto: Dr. Darío, Dirceu Barbano e Jair Mengatti.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Encontro SBMN - RJ - Aplicações de PET em Neurologia


Prezados colegas

É com grande satisfação que comunicamos que a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, com o apoio da ANERJ (Associação de Neurologia do Estado do Rio de Janeiro) realizará no Rio de Janeiro, um evento sobre aplicações clínicas do uso do PET em Neurologia.
Imagens funcionais, como as de PET, cada vez mais entram no cenário do manejo de doenças neurológicas, pela capacidade única de avaliar processos que ocorrem a nível celular.
Estamos nos esforçando ao máximo para garantirmos um evento com alto conteúdo acadêmico, onde a multidisciplinaridade com a presença tanto de colegas da Neurologia, como da área da Imagem, possa incrementar a discussão que ocorrerá nesta data.

O evento acontecerá dia 22 de agosto de 2011, às 19:00 no Hotel Mar Palace Copacabana (Av. Nossa Senhora de Copacabana, 552 - Haverá serviço de Valet com desconto para os participantes). Após a palestra, acontecerá um jantar de confraternização.
As inscrição são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.sbbmn.org.br. Vagas limitadas.
Segue abaixo todo programa do evento.

Esperando encontrá-los em breve.
José Leite

Simpósio de Radiofarmácia & Imagem Molecular da PUCRS

Aumento na potência do reator nuclear IEA-R1 ampliará produção radioisótopos e serviços

E. R. Paiva
O núcleo do reator nuclear IEA-R1 fica imerso a cerca de 9 metros de profundidade em uma piscina com água desmineralizada.

O reator nuclear de pesquisa IEA-R1, localizado no Ipen, aumenta sua potência para 4,5MW a partir de 1º de agosto. Desde 2009, pesquisadores e técnicos do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq), Radioproteção e de sistema da qualidade do instituto realizaram estudos que comprovaram a viabilidade no aumento da potência com segurança para atender a demanda na prestação de serviços de irradiação de amostras para pesquisa e produção de radiofármacos para diagnóstico e tratamento médico.

Em operação desde 1957, o IEA-R1 tem por finalidade a irradiação de amostras para pesquisas com Física Nuclear, Radiofarmácia, Radioquímica, além de ser importante instrumento para o treinamento e formação de recursos humanos para a área nuclear.

O núcleo do reator IEA-R1 fica submerso em uma piscina, a cerca de nove metros de profundidade e possui 144 posições que permitem irradiações de materiais. Um sistema pneumático possibilita irradiações mais breves e 9 tubos de irradiação horizontais (beam holes) são utilizados para pesquisas com feixes de nêutrons em física nuclear, física do estado sólido e pesquisas em terapia de câncer.

No reator IEA-R1 são produzidos radioisótopos para uso em medicina nuclear, como o Samário-153, utilizado para o alívio das dores em metástases ósseas, o Iodo-131 para diganóstico e terapia de disfunções tireoideanas e o Irídio-192, na forma de fios metálicos, para braquiterapia. Os radioisótopos produzidos no reator são processados na Diretoria de Radiofarmácia (DIRF) antes de sua distribuição para os hospitais e clínicas. Os fios de Irídio-192, por sua vez, são processados em instalações no Centro de Tecnologia das Radiações (CTR).

Outros radioisótopos, utilizados em aplicações industriais, como o Cobalto-60, para gamagrafia industrial também são produzidos no reator.

Durante as primeiras décadas, o reator operou a 2MW, embora seja projetado para atingir 5MW. A partir de 1994, passou a operar em regime contínuo de três dias, em turnos, com potência de 3 a 3,5MW. Ao longo de sua história, várias modernizações foram realizadas para permitir o aumento da potência: reformas no saguão da piscina, na sala de controle, nos sistemas de refrigeração, de aquisição de dados e na instrumentação. Desde 2002, o CRPq possui certificação ISO 9001.

O investimento para essas reformas foi da CNEN e de projetos da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) em parceria com órgãos de fomento.

O aumento da potência para 4,5MW permitirá a irradiação de materiais com fluxos de nêutrons térmicos da ordem de 9,7.1013 nêutrons por centímetro quadrado por segundo e nêutrons epitérmicos e rápidos da ordem de 1013 n/cm2.s.

Walter Ricci Filho, gerente-adjunto de Operação, Manutenção do Reator IEA-R1 (CRO), comenta que o projeto é chegar a 5MW em 2012. “Todos ganham com o aumento da potência: a instituição, os pesquisadores e principalmente, a sociedade brasileira. Nosso reator tem muito a oferecer até que o Reator Multitpropósito Brasileiro (RMB) seja construído e, mesmo depois do início de sua operação”.

Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idc=9958

Diretor da Cnen é indicado para representar Brasil em agência

Fonte: Agência CT

A presidente Dilma Rousseff encaminhou para apreciação do Senado o nome do atual diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Laércio Antonio Vinhas, a fim de indicá-lo para exercer o cargo de representante permanente do Brasil na Missão junto à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), em Viena. Há quatro anos essa função vem sendo exercida pelo embaixador Antônio Guerreiro, que passará a ter novas responsabilidades em Genebra.

É a primeira vez que um servidor da Cnen é indicado para essa representação. Para assumir esse posto, Laércio Vinhas deve passar por um processo análogo ao da indicação de um embaixador, que inclui ser sabatinado pelos senadores – em data ainda a ser agendada – e apresentação de credenciais ao diretor-geral da Aiea, Yukiya Amano. Contribuíram para essa indicação a experiência de Vinhas na área nuclear e sua atuação junto à Aiea e ao Itamaraty há mais de 20 anos.

Laércio Vinhas é físico, doutor em Física Nuclear e pesquisador emérito do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Desenvolveu toda sua carreira na Cnen, onde ingressou em 1965. Entre os cargos que ocupou estão os de diretor de Segurança Nuclear do Ipen, diretor do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), chefe do Serviço de Salvaguardas e coordenador-geral de Assuntos Internacionais da Cnen.

Desde 1993 ele integra as delegações brasileiras nas Conferências Gerais e Juntas de Governadores da Aiea. Em 2007 passou a fazer parte da Comissão de Padrões de Segurança Nuclear da Aiea, que aprova as recomendações e os guias da agência nas áreas de radioproteção e segurança nuclear para serem submetidos à aprovação final do diretor-geral e da Junta de Governadores da Aiea. A partir de 2010 também se integrou ao Grupo Internacional de Segurança Nuclear da Agência, que estabelece os princípios e as estratégias de segurança nuclear, em geral adotados pela Aiea e por todos os países.

Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idc=9952

Reatores nucleares: sabia que existe um dentro da cidade de São Paulo?

Fonte: Olhar Digital - Rede TV!

Reatores de pesquisa são essenciais no tratamento de doenças. Mas todo cuidado com esses equipamentos é pouco...


Olhar Digital
José Roberto Berretta em entrevista ao programa Olhar Digital

Quem nunca ouviu falar em Chernobil, o pior acidente da história da energia nuclear? Se os mais novos não conhecem a história, recentemente o assunto voltou à tona com o terremoto que destruiu parte do Japão e gerou um novo acidente, desta vez em Fukushima. O material radioativo que escapou desses reatores contaminou o meio ambiente.

Mas nem todos os reatores nucleares são igualmente perigosos. Aqui no meio da cidade de São Paulo, existe um deles. Só que esse tem muito menos potência. Trata-se de um reator de pesquisa do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, o Ipen, que fica no campus da USP.

José Roberto Berretta, físico supervisor do reator nuclear explica que o reator de pesquisa utiliza a radiação do Neutron para provocar reações nucleares em materiais que depois você usará na indústria ou na medicina. No reator de potência, o interesse é utilizar o calor gerado pela liberação de energia da fissão: "Aqui no reator de pesquisa, liberamos todo o calor na atmosfera. No reator de Angra, o calor é usado para aquecer a água e, por sua vez, girar uma turbina para gerar energia elétrica", completa.

Olhar Digital
O pesquisador João Alberto Osso Junior, gerente de pesquisa da Diretoria de Radiofarmácia

Em escalas infinitamente menores, os reatores de pesquisas são indispensáveis para o diagnóstico e até tratamento de algumas doenças. Hoje, este reator é responsável pela produção de 70% da demanda nacional de iodo, por exemplo.

"O material que é irradiado do reator chega aqui na instalação da diretoria de radiofarmacia para ser processado. Nesse processamento, ele se transformará em um radiofármico, que é usado nas clínicas e hospitais tanto para terapia quanto para diagnóstico de uma série de doenças e disfunções dentro do corpo humano" diz João Alberto Osso Jr., da diretoria de radiofarmácia.

Hoje existe uma centena de diferentes exames de medicina nuclear, incluindo estudos cerebrais, diagnósticos e tratamento de tumores, avaliação das condições pulmonares e coração, rins...

De volta ao reator, o funcionamento é idêntico ao que acontece em Fukushima ou Angra dos Reis. Há mais de 70 anos, dois cientistas alemães descobriram que o urânio é um elemento químico capaz de se partir em dois fragmentos quando bombardeado por partículas nucleares sem carga atômica, os nêutrons. Esse fenômeno é conhecido como "fissão nuclear"; uma espécie de reação em cadeia que libera energia, radiação e, claro, calor. E é exatamente isso que acontece ali embaixo, no fundo da piscina.

Berretta diz que se não controlarem essa reação, haverá uma liberação de energia muito grande e em pouco tempo. Pra um reator, controlar essas reações serve para que não ocorra um derretimento ou acidente no núcleo.

Por se tratar de um reator de pesquisa, em qualquer situação de emergência, o reator é completamente desligado. Claro, isso só é possível porque a potência é baixa - cerca de mil vezes menor do que um reator de uma usina nuclear.

Cnen lança edital para a contratação de empresa de Reator Multipropósito Brasileiro - Agência CT

Fonte: Agência CT

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), por meio da Rede de Tecnologia & Inovação do Rio de Janeiro (Redetec), publica edital para contratação de empresa de engenharia para elaborar os projetos conceitual e básico dos prédios, infraestrutura e sistemas não nucleares do Empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), a ser construído em Iperó (SP), na região de Sorocaba. A licitação atende ao convênio entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), a Cnen e Redetec.

Os interessados em realizar o credenciamento devem comparecer no dia 31 de agosto, das 9h30 as 10h, no setor de licitações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), situado à Avenida Professor Lineu Prestes, 2.242 – Cidade Universitária – São Paulo (SP). É preciso estar munido de carteira de identidade ou outro documento equivalente. Além disso, cada licitante deverá levar três envelopes: o primeiro contendo documento de habilitação, o segundo a proposta técnica e o terceiro a proposta de preços. Os envelopes só serão aceitos se entregues pessoalmente no dia da licitação.

O RMB foi estabelecido como meta do Plano de Ação em Ciência Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 2007, objetivando beneficiar o país com um reator nuclear de pesquisa para produzir radioisótopos para aplicação na saúde, indústria, agricultura e meio ambiente. Também visa irradiar materiais e combustíveis nucleares, de forma a permitir sua análise de desempenho e comportamento sob os diversos campos de radiação de um reator nuclear e realizar pesquisas científicas e tecnológicas com feixes de nêutrons. O empreendimento está sob responsabilidade da Cnen e tem o apoio da Marinha do Brasil.

Mais informações acesse http://www.redetec.org.br/

Chefe de agência nuclear defende órgão regulador do setor - Folha de S. Paulo

Fonte: Folha de S. Paulo

"Reator não é só para energia", diz chefe de comissão nuclear
Para especialista, Dilma decidirá sobre novas usinas nucleares

Claudia Antunes
do Rio

O novo chefe da CNEN, Angelo Padilha, discursa em Brasília (Foto de Lecino Filho/ASCOM/MCT)


Especialista em materiais para reatores atômicos e professor da Escola Politécnica da USP, Angelo Padilha defendeu a essencialidade da tecnologia nuclear para a humanidade ao tomar posse na presidência da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Em discurso na última quinta-feira (7) e em entrevista à Folha, Padilha quis enfatizar que a utilidade da tecnologia vai além da produção de energia nuclear, que está sendo questionada depois do acidente na usina de Fukushima, no Japão, atingida pelo tsunami de 11 de março.

Citou como exemplos o reator de propulsão para o submarino nuclear da Marinha, de cujo projeto participou, e a produção de radioisótopos para a medicina.

Disse que a prioridade dele e do Ministério de Ciência e Tecnologia (ao qual a Cnen está subordinada) é a construção do reator multipropósito que tornará o Brasil autossuficiente na fabricação de elementos usados em exames de imagem e tratamento de doenças.

Padilha evitou opinar sobre se o Brasil deve ou não construir novas usinas além de Angra 3. Afirmou que é favorável à criação de uma agência reguladora nuclear, que assumiria atividades de licenciamento e fiscalização hoje exercidas pela Cnen.

A separação é defendida pela Sociedade Brasileira de Física, mas combatida pela direção da associação de servidores da Cnen. Padilha, 59, substituiu Odair Dias Gonçalves, professor da UFRJ, que estava no cargo desde 2003. Leia abaixo a íntegra da entrevista.

Folha - O sr. toma posse num momento de questionamento do futuro da energia nuclear. O governo não decidiu se fará mais usinas além de Angra 3 e disso pode depender a ampliação da capacidade da fábrica de combustível atômico de Resende, da qual a Cnen é acionista majoritária. Qual a sua posição nesse debate?

Angelo Padilha - A área nuclear tem cinco protagonistas principais: a Cnen, que tem responsabilidade de fiscalização, licenciamento, gestão dos institutos nucleares, faz fomento, formação de pessoal; a Eletronuclear, do Ministério de Minas e Energia, a empresa responsável pela geração de energia pelas usinas termonucleares; a INB (Indústrias Nucleares Brasileiras) e a Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados), que também estão no Ministério de Ciência e Tecnologia e são fabricantes de equipamentos; a Marinha, que atua na área de enriquecimento isotópico e no submarino de propulsão nuclear; e o quinto protagonista é o Ministério das Relações Exteriores, que faz a relação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), com a Abacc (Agência Brasileiro-Argentina de Controle e Contabilidade). São cinco protagonistas e neles a Cnen tem um papel de liderança.

Sempre que acontece um acidente das proporções de Fukushima, isso é horrível para a população local. Para os programas nucleares do próprio país e dos outros países, é uma oportunidade de reavaliação. Os engenheiros procuram descobrir as causas e soluções para elas. Isso já aconteceu inúmeras vezes, em Three Mile Island (1979, EUA), Tchernobil (1986, Ucrânia). É natural e está acontecendo uma reavaliação de todos os programas nucleares no mundo. Como engenheiro nuclear, não só como presidente da Cnen, o problema está na minha mente.

Qual é a sua posição?

Como disse, a parte de geração de energia é do Ministério de Minas e Energia. A decisão não tem a ver diretamente com a Cnen. Por coincidência e também por sorte para nossa área, uma das maiores especialistas em energia do mundo é a presidente Dilma Rousseff, que foi ministra de Minas e Energia e antes disso atuou nessa área no Rio Grande do Sul. A decisão de quantos novos reatores teremos ou não está em boas mãos. Estou tranquilo quanto à decisão.

Antes de Fukushima esperava-se um boom da energia nuclear no mundo, até para reduzir o aquecimento global. O acidente justifica um recuo? Como professor, qual sua avaliação?

Bom, agora sou presidente da Cnen. Mas a reavaliação é natural. Nós já temos algumas decisões. Tem a da Alemanha, que é predominantemente política e não técnica. Outros países, como a China, estão mantendo. O Brasil está numa situação muito confortável porque nossa matriz energética permite várias outras alternativas. A presidente Dilma já se manifestou sobre isso ontem [quarta-feira], falou em construir novas hidrelétricas.

Ela falou em usina nuclear como um risco. Há países, como França e China, que não veem assim.

Olha, o risco de qualquer tipo de energia é inegável, seja uma hidrelétrica, uma termonuclear. Inclusive é uma disciplina no curso de engenharia nuclear, a área de riscos. Não é nenhuma surpresa a declaração dela.

A decisão do governo sobre novas usinas poderá ter consequências para atividades em que a Cnen tem peso. Existe o projeto de uma fábrica de centrífugas para aumentar a capacidade da INB, a exploração das minas de urânio.

A tecnologia nuclear não é só produção de energia, que no Brasil é proporcionalmente pequena. Tem a área de radioisótopos. Cerca de 3 milhões de brasileiros se beneficiam anualmente de radioisótopos, produzidos em instalações da Cnen. A Cnen tem atividades de fiscalização e licenciamento, que também continuam. A Cnen explora os minerais nucleares: urânio, tório, terras raras. Isso também continua.

É inegável a importância do acidente de Fukushima. Claro que estamos prestando atenção em decisões como a que a Alemanha tomou. Mas, no programa nuclear brasileiro, a geração de energia tem uma importância pequena. Em determinado momento, a gente pode abrir mão dessa energia, não é bom, mas podemos. Mas dos radioisótopos não podemos abrir mão.

Hoje o Brasil depende da importação de radioisótopos e até já teve problema de fornecimento. Para a construção do reator multipropósito, que resolveria esse problema, foi assinado um acordo de intenções com a Argentina para um projeto conjunto. Como analisa a participação argentina e que prioridade atribui ao projeto?

A implantação do reator multipropósito brasileiro é a prioridade da área nuclear no MCT. É a prioridade número um da Cnen e nós já temos previstos para este ano cerca de R$ 20 milhões. Já foi assinado entre a Marinha e o MCT um termo de cessão da área em que será instalado o reator. Já tem um projeto inicial. Essa é a minha prioridade número um e eu tenho que acelerar a implantação desse reator.

E a parceria com a Argentina?

Eu participei do projeto do primeiro reator brasileiro de potência, de propulsão para o submarino. É um PWR [reator de água pressurizada], com potência menor do que os de Angra, mas basicamente é o mesmo e as exigências são maiores, porque o de Angra está parado e o do submarino está em movimento. O Brasil tem capacidade de projetar reatores mais complicados até do que esse.

O acordo com a Argentina não é em função da nossa incapacidade técnica. Quem coordenou o projeto do reator para o submarino é o mesmo que está coordenando o do reator multipropósito, que é o engenheiro José Augusto Perrota [diretor de projetos especiais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares]. Ele continuará na minha gestão com essas funções e talvez até maiores.

Por que então fazer em conjunto com a Argentina? A Argentina desenvolveu a capacidade de projetar reatores de pesquisa, e já projetou um muito importante, para a Austrália. Nós temos um corpo técnico muito competente, que já projetou um reator mais complicado que esse, mas com um número limitado de engenheiros e especialistas. O nosso não será exatamente igual ao da Austrália porque queremos algumas coisas um pouco diferentes. Eu acho [a parceria] positiva. Vamos somar experiências. Na área nuclear nós temos uma interação muito boa com a Argentina, inclusive depois da criação da Abacc. Trabalhar junto com a Argentina não é um jogo São Paulo x Boca Juniors.

Existe a proposta de divisão da Cnen. A atribuição de licenciar e fiscalizar iria para uma agência, como defende a Sociedade Brasileira de Física. Qual a sua posição?

A criação da agência reguladora nuclear brasileira é um consenso na comunidade científica. Diria que é irreversível, necessária. Nós já temos um projeto inicial, que considero razoável, bom. Ele foi entregue ao MCT, foi distribuído inclusive aos cinco protagonistas da área, que precisam opinar, e já começou a receber críticas e sugestões. Eu preciso coletar todas essas sugestões, fazer uma nova proposta, que deve ser discutida novamente, para que a gente tenha um projeto de agência muito bom. Essa é uma das minhas tarefas e uma das metas da minha gestão.

A Sociedade Brasileira de Física tem uma comissão de acompanhamento do programa nuclear. Temos o maior interesse e considero uma obrigação minha me reunir com essa comissão, e acho que eles podem dar grandes contribuições para o modelo da agência reguladora.

O sr. então é a favor? Isso significa que a Cnen perderá algumas atribuições.

Sou a favor. O que interessa é que o país ganha, não se o poder político do presidente da Cnen aumenta ou diminui. Isso é secundário. Estou exercendo uma função de Estado.

Nos últimos anos houve polêmicas envolvendo licenciamento. Angra 2 passou dez anos com licença provisória, houve denúncias de vazamento na mina de Caetité (BA). Como analisa esses problemas?

Angra 2 está resolvido, e não é mérito da minha gestão. A licença permanente foi publicada no dia 23, na gestão do doutor Odair Dias Gonçalves. Na mina de Caetité, o último evento foi que o [concentrado de] urânio que a Marinha emprestou, para ser reimbalado em Caetité e de lá embarcar [para ser transformado em gás no exterior, etapa anterior à fabricação do combustível], foi divulgado que seria uma espécie de lixo nuclear. Isso era absolutamente falso. A Cnen estava fiscalizando e acabou resolvido. Foi o problema mais recente, mas não o mais grave. O mais grave é se aquelas instalações oferecem algum risco. Aquele usina é operada pela INB e a Cnen faz o licenciamento e a fiscalização, no local. Para aumentar a produção de urânio, aquelas instalações precisam ser ampliadas, e a Cnen precisa licenciar.

A Cnen tem que ser atenta e rigorosa, mas tem que ser ágil. Ninguém pode reclamar pela Cnen ser atenta e rigorosa. A reclamação deve ser: vocês precisam ser mais ágeis;, tem que ter mais fiscais, um tempo de tramitação mais rápido desses processos de licenciamento. Aí aceito a crítica, mas não de que somos atentos e rigorosos. É nossa obrigação.

Apesar de ter grandes reservas de urânio, o Brasil ainda tem que importar.

É por isso que a INB quer ampliar a capacidade de produção de Caetité. Eles também têm um cronograma.

Quanto de urânio combustível um reator multipropósito absorve?

Isso é pouco. A questão é o consumo de urânio para Angras 1, 2 e 3.

Mas se o Brasil ficar só em três usinas nucleares, que utilidade dará às reservas? Vai exportar o mineral ou o combustível?

Algumas coisas de fato dependem do número de usinas. Se o Brasil tivesse um número alto, cinco, seis, isso daria escala à produção. Se a decisão do Ministério das Minas e Energia for manter um número menor de reatores, o problema de escala existe. Mas o problema mais urgente para nós é sermos autônomos para ter urânio para as usinas de Angra.

Se o Brasil ficar só em três usinas, vai deixar as reservas inexploradas?

A situação atual é o contrário. Não estamos conseguindo suprir Angra 1. O mais urgente para a INB é que ela produza o urânio necessário para Angras 1 e 2.

Mas a reserva brasileira dá para muito mais.

As do Brasil estão entre as seis maiores, pelo que sabemos hoje. Se você fizesse essa pergunta relativa a petróleo há cinco, dez anos, o quadro seria diferente. Provavelmente descobriremos novas reservas de urânio no Brasil. A sua preocupação externa uma preocupação de médio e longo prazo, e eu estou respondendo no curto prazo.

E o que impede hoje que se produza o suficiente para as duas usinas? Faltam investimentos?

Isso está dentro do planejamento, mas quem tem os detalhes é o presidente da INB. O papel da Cnen é fiscalizar e licenciar.

O sr. tem algo a acrescentar sobre seus objetivos na Cnen?

Há alguns pontos importantes. Eu gostaria de aumentar a interação entre os próprios institutos de pesquisa da Cnen, para reduzir a duplicação de recursos. Outra prioridade da minha gestão é aumentar a interação dos institutos de pesquisa da Cnen com as universidades e os institutos de pesquisa externos, a UFRJ, a USP, a Unicamp. Nessas universidades há muitas atividades relacionadas com a área nuclear, precisamos melhorar esse relacionamento que já existe. Estou também preocupado com a formação de pessoal na área nuclear.

Tem pouca gente especializada, não é?

Pouca gente e uma idade média muito alta. É preocupante.

Se o governo decidir que não vai construir mais usina, o estímulo para formação de profissionais e pesquisa pode ser abalado, não?

Acredito que não. A UFRJ criou o primeiro curso de energia nuclear no Brasil, deve graduar a primeira turma. A USP está tentando criar, há uma tramitação interna. Outras universidades já manifestaram interesse, e vamos trabalhar com esse quadro.

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Reator Multipropósito é um dos desafios do novo presidente da Cnen - Agência CT

07 de Julho de 2011

Fonte: Agência CT
Lecino Filho - ASCOM MCT
Angelo Fernando Padilha, presidente empossado da CNEN e o ministro Aloizio Mercadante.

O engenheiro Ângelo Fernando Padilha assumiu hoje (7) a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). A cerimônia de posse se realizou na manhã desta quinta-feira no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em Brasília. Participaram o ministro Aloizio Mercadante; o secretário executivo do MCT, Luiz Antonio Elias; autoridades do setor de energia nuclear; representantes da Marinha e parlamentares.

Padilha assume o lugar de Odair Gonçalves, que após oito anos deixa a presidência do órgão. Para o novo presidente da Cnen, o cargo é mais do que um reconhecimento da carreira como engenheiro, professor e pesquisador da área nuclear. “Significa enfrentar desafios e responsabilidades em um momento sensível para a tecnologia nuclear no mundo”, disse. Padilha destacou projetos importantes do setor, entre eles, o Reator Multipropósito Brasileiro.

Em sua fala, o ministro Mercadante ressaltou o uso da energia nuclear para fins pacíficos e seu controle rigoroso, transparente e eficiente no Brasil. De acordo com o ministro, a energia nuclear é fundamental para a saúde da população. “São mais de três milhões de pacientes que dependem de exames e tratamentos diretamente associados à pesquisa nuclear”, disse.

Segundo Mercadante, o acidente nuclear em Fukushima renovou o debate sobre as nucleares em vários países. “O Brasil tem que tirar desse episódio todas as lições, aumentar as medidas de prevenção e cautelares, fazer investimentos necessários em equipamentos modernos e adequados, e ficar atento aos novos protocolos que serão exigidos para segurança da população”, disse o ministro.

Ângelo Padilha

Angelo Padilha é formado em engenharia de materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e trabalhou 13 anos no Instituto de Energia Atômica (IEA), atual Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) vinculado a Cnen. O novo presidente é mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e doutor na Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade de Karlsruhe na Alemanha.

Padilha foi pesquisador visitante no Centro Nuclear de Karlsruhe, no Instituto Max Planck de Stuttgart, na Universidade do Ruhr de Bochum; professor visitante na University of Wales Swansea, no Reino Unido, e professor da escola Politécnica da USP. O engenheiro atou também em pesquisas, desenvolvimento e inovação de materiais para reatores nucleares.

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Dispositivo inovador para analisar estrutura de diferentes materiais

Em um trabalho de colaboração entre o Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Ipen e o Laboratório de Altas Pressões do Departamento de Física da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) foi desenvolvida uma célula de pressão para medidas de difração de nêutrons. O difratômetro do Centro de Reator de Pesquisas do Ipen, instalado no reator IEA-R1, é único no país e permite desen-volver investigações sobre a estrutura de diferentes materiais. Com o dispositivo, será possível realizar medidas da chamada difração de nêutrons sob altas pressões.

Lilian Bueno
Da esquerda para a direita , Mestnik, Martinez, Orlando, Rossi, Mazzocchi e Parente

A técnica de difração de nêutrons permite determinar a localização precisa dos átomos nas moléculas. Está sendo elaborada a patente do dispositivo, cujo projeto e construção foram coordenados pelo professor Marcos Tadeu D’Azeredo Orlando, da UFES, em seu projeto de pós-doutorado, desenvolvido no CCTM, sob supervisão do pesquisador Jesualdo Luiz Rossi, com financiamento do CNPq, da ordem de R$ 40 mil, mais o pagamento da bolsa de pós-doc. O trabalho contou ainda com a colaboração dos pesquisadores Luis Gallego Martinez, do CCTM, Carlos Benedicto Ramos Parente, Vera Lucia Mazzocchi e José Mestnik Filho, do Centro do Reator de Pesquisas.

O projeto do dispositivo é inovador, por utilizar no corpo da célula de pressão um cilindro de Zircaloy – material especialmente projetado para ser utilizado em reatores nucleares –, encapsulado em material compósito de fibra de carbono. Outros dispositivos foram desenvolvidos pelo grupo para estudos de difração e absorção de raios X e disponibilizados aos usuários do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, localizado em Campinas. Tratam-se de desenvolvimentos nacionais inéditos.

“A parceria com o Ipen me proporcionou desenvolver pesquisa de ponta”, afirma Marcos Orlando, da UFES, acrescentando que o projeto continha um desafio tecnológico muito grande. Jesualdo Rossi ressalta o apoio do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, na parte de infraestrutura, salientando que foram utilizadas competências de pesquisadores especialistas em suas áreas para fabricar e projetar o dispositivo inédito, gerando conhecimento científico. Foram desenvolvidos ainda um projeto de mestrado e um doutorado, defendidos na UFES, a partir desta pesquisa.

Lilian Bueno
Em primeiro plano, o dispositivo desenvolvido, ao fundo o difratômetro de nêutrons do Ipen

O dispositivo é único na América Latina. Orlando destaca ainda que se cria oportunidade de todo um campo novo de pesquisas. No mundo existem outros tipos de células, como por exemplo um dispositivo que utiliza célula a gás, nos EUA. “A célula desenvolvida no Ipen é mais simples de trabalhar; facilita o uso de amostras e a manipulação é mais rápida”, frisa. Não apenas a área de materiais pode se beneficiar, mas inúmeras outras, como a de fármacos.

Os pesquisadores vão investir no desenvolvimento de uma nova cápsula para o difratômetro do Ipen que possa alcançar condição de pressão três vezes maior que a atual.

O trabalho sobre as células de pressão já foi apresentado em reunião no âmbito do projeto de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). A proposta dos pesquisadores é desenvolver células de pressão para o novo reator de pesquisas. “O que você faz em condições de pressão é algo bem arrojado. É possível simular determinadas situações: por exemplo quando se quer aproximar os átomos de um determinado material”, explica o professor.

Parente lembra que o dispositivo estará disponível para toda a comunidade científica.

Evento em SP discute qualidade em instituições de pesquisa

O Ipen sedia, nos dias 17 e 18 de agosto, em São Paulo, o 2º Fórum da Qualidade em Instituições de Pesquisa. O objetivo do encontro é trocar experiências sobre qualidade que permitam aumentar a satisfação e confiança do cliente, aumentar a produtividade e reduzir custos internos, possibilitando a melhoria contínua.

Entre os temas a serem debatidos no evento estão documentação, ferramentas para solução de problemas, gestão de equipamentos, validação de métodos, resíduos, requisitos básicos para implantação de sistema da qualidade, biossegurança, ética e certificação.

O fórum tem como público-alvo gestores e colaboradores de pesquisa, gerentes de qualidade, pesquisadores, estudantes, consultores e interessados em gestão de qualidade, acreditação e certificação. É uma realização em conjunto de várias instituições em São Paulo: Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Instituto Agronômico, Instituto Biológico, Instituto de Economia Agrícola, Instituto de Tecnologia de Alimentos, Instituto de Pesca, Instituto Pasteur, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Instituto Butantan e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.

As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.fundepag.br/. Todos os trabalhos serão apresentados na forma de pôsteres e haverá sorteio de uma viagem para um país da América do Sul entre os inscritos e aceitos.

Até 17 de julho estudantes pagam R$ 50,00 e profissionais, R$ 100,00. Após essa data, os valores passam a ser respectivamente R$ 70,00 e R$ 140,00. Outras informações pelo e-mail forumdaqualidade@ipen.br ou pelos telefones (11) 3133-9031/ 9024 (Ipen) e (11) 3145-3152 (Instituto Pasteur).

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Mercadante dá posse ao novo presidente da Cnen - Agência CT

07 de Julho de 2011

Fonte: Agência CT

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, dá posse nesta quinta-feira (7), às 10h30, ao novo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCT). Angelo Fernando Padilha assume a vaga no lugar de Odair Gonçalves. A cerimônia ocorre no auditório Renato Archer no edifício sede do Ministério da Ciência e Tecnologia em Brasília.

Formado em engenharia de materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Angelo Padilha trabalhou 13 anos no Instituto de Energia Atômica (IEA), atual Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) vinculado a CNEN. O novo presidente é mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e doutor na Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade de Karlsruhe na Alemanha.

Padilha foi pesquisador visitante no Centro Nuclear de Karlsruhe, no Instituto Max Planck de Stuttgart, na Universidade do Ruhr de Bochum, professor visitante na University of Wales Swansea, no Reino Unido, e professor da escola Politécnica da USP. Atou também em pesquisas, desenvolvimento e inovação de materiais para reatores nucleares.

*Com informações da assessoria de imprensa da CNEN/MCT

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Para novo presidente da CNEN, Ipen é exemplo de espírito público

20 de Julho de 2011
E.R. Paiva
O presidente da CNEN, Angelo Fernando Padilha, reuniu-se com os servidores do Ipen

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Angelo Fernando Padilha, apresentou-se aos servidores do Ipen na manhã de 19 de julho, no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, em São Paulo, SP. O superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira Junior, abriu o encontro apresentando uma breve biografia de Padilha, que foi empossado no cargo pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, em 4 de julho.  

O evento foi marcado pela emoção do reencontro do atual presidente da CNEN com uma parcela significativa de sua história profissional, iniciada no instituto em 1975, após concluir o curso de Engenharia de Materiais na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) um ano antes. Relembrou o início de sua carreira, os amigos e suas primeiras pesquisas na área de materias. O certificado que obteve no curso de “Introdução à Ciência e Tecnologia Nucleares”, ministrado no Instituto de Energia Atômica (IEA), atual Ipen, foi apresentado ao público.

E. R. Paiva
Prof. Shigueo Watanabe, Pesquisador Emérito do Ipen e professor do IFUSP

Na plateia, estava presente seu primeiro chefe de departamento, o professor Shigueo Watanabe, Pesquisador Emérito do Ipen, atualmente no Instituto de Física da USP. Prof. Shigueo foi homenageado por Padilha que comentou sua capacidade de estimular e liderar jovens iniciantes na área de pesquisa científica. Citou que o professor Shigueo foi professor de dois presidentes da CNEN e três superintendentes do Ipen.

E. R. Paiva
Angelo Fernando Padilha, presidente da CNEN

Após relembrar seu passado no instituto, Padilha expôs as quatro principais metas que pautarão suas ações como presidente da CNEN: impulsionar o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), estabelecer a agência reguladora nacional brasileira, criar o Laboratório Nacional de Fusão Nuclear e implantar o depósito definitivo de rejeitos radioativos. A participação do instituto em tornar possíveis essas metas é essencial. “O Ipen é exemplo de espírito público, colaboração e generosidade”, ressaltou Padilha.

Uma maior interação entre as unidades da CNEN e dessas com as demais instituições de pesquisa e universidades que atuam na área nuclear, a recomposição do quadro de servidores e a ampliação da formação e treimento de recursos humanos são outros objetivos da gestão de Padilha. Em suas propostas observa-se a valorização do diálogo, seja entre os institutos que formam a CNEN, seja dela para com a sociedade.

Ao final do evento, o novo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, José Augusto Perrotta, exortou todos a colaborarem para o projeto do RMB que continuará sob sua coordenação técnica.


Novo presisente da CNEN reúne-se com os servidores do Ipen

19 de Julho de 2011

O novo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Angelo Fernando Padilha, empossado em 4 de julho pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, terá seu primeiro encontro com os servidores do Ipen na terça-feira, 19 de julho, a partir das 11h, no Auditório Rômulo Ribeiro Pieroni. O anúncio do encontro foi feito pela superintendência do instituto que convidou todos servidores a participarem da reunião.

Transmissão pela internet

O evento será transmitido on-line no endereço: http://videoconferencia.ipen.br/ensino. O cadastro poderá ser realizado pelo nome, Centro ou Instituição. Não haverá senha para acesso.

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Posse do novo presidente da CNEN

06 de Julho de 2011

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, dá posse ao novo presidente da CNEN, Angelo Fernando Padilha, no dia 7 de julho, a partir das 10h30, em cerimônia que se realizará no Auditório Renato Archer, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, DF.

Padilha é engenheiro de materiais formado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e iniciou sua carreira profissional no Ipen. Atua na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação de materiais para reatores nucleares há mais de 35 anos. Desde 1988 é professor pela Escola Politécnica da USP.

A apresentação de Padilha aos servidores da CNEN será realizada em cerimônia a ser agendada.

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

SBBMN apoia movimento de valorização do médico 09/08/2011

Movimento 

A SBBMN apoia o movimento nacional pela valorização do médico e melhor remuneração, realizado pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM), que reivindica melhores condições de trabalho, mais financiamento para o setor da Saúde e assistência de qualidade à população.

Os médicos brasileiros, que atuam na saúde suplementar, estão lutando contra os reajustes irrisórios dos honorários, muito abaixo da inflação nos últimos dez anos. Também denunciam a interferência dos planos de saúde na autonomia do médico e exigem das operadoras e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a regularização dos contratos, que não têm cláusulas de periodicidade e critérios de reajustes, contrariando a regulamentação existente.

O movimento conta com o apoio do deputado federal e médico nuclear Eleuses Paiva, ex-presidente da AMB e atual vice-presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde no Congresso. O deputado também é um importante aliado da Medicina Nuclear na luta pela inclusão do procedimento PET/CT no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde. 

O Uso do PET/CT no Planejamento Radioterápico

São Paulo 


No dia 8 de agosto de 2011, em São Paulo (SP), a SBBMN promoveu o encontro ‘O Uso do PET/CT no Planejamento Radioterápico’. Na foto: George Coura Filho, coordenador do evento; João Batista de Paula Neto, gerente de produto da GE; Dra. Irene Shimura Endo, Segunda Secretária da SBBMN; palestrante Dr. Samir Abdallah Hanna, médico Radio-oncologista do Hospital Sírio Libanês, titular em Radioterapia pelo CFM/SBRT/CNEN e pós-graduando em Radioterapia na FMUSP; palestrante Dr. Marcelo Livorsi, médico do serviço de Medicina Nuclear e PET/CT do Hospital Israelita Albert Einstein; e Dra. Miriam Moreira, 1ª secretária da SBBMN.

1° Curso de Atualização Técnica em Medicina Nuclear

São Paulo 


Nos dias 6 e 7 de agosto de 2011, em São Paulo (SP), a SBBMN promoveu o 1º Curso de Atualização Técnica em Medicina Nuclear, dirigido a biomédicos, tecnólogos, físicos, farmacêuticos, biólogos e outros profissionais da saúde. O Dr. Celso Darío Ramos (destaque na foto), presidente da SBBMN, abriu o curso agradecendo a presença dos participantes e anunciou que este é o primeiro de vários cursos técnicos. Em seguida, a Dra. Solange Amorim Nogueira (destaque na foto), coordenadora do curso, explicou que o objetivo é abordar pontos importantes relacionados à operação e atuação da equipe técnica de Medicina Nuclear.

Encontro entre os presidentes da SBBMN e da CNEN

Rio de Janeiro 

No dia 3 de agosto de 2011, na sede da CNEN, no Rio de Janeiro (RJ), aconteceu o primeiro encontro entre os presidentes da SBBMN, Dr. Celso Darío Ramos, e da CNEN, Dr. Angelo Padilha. O Dr. Darío conta que a reunião ocorreu em um clima excelente, extremamente cordial. “O professor Padilha, titular da Escola Politécnica da USP, é uma pessoa muito agradável, consciente dos problemas do país e colocou a CNEN à disposição para trabalhar em prol do desenvolvimento da Medicina Nuclear brasileira”, pontuou o médico que acrescenta: “Concordou com as quatro reivindicações apresentadas pela SBBMN”. Na reunião, em que participou também o Dr. Claudio Tinoco, diretor da SBBMN, o Dr. Darío presenteou o presidente da CNEN com um exemplar do livro sobre PET, publicado pela SBBMN, e ele, que tem vários livros publicados, gostou muito. Concordou ainda que, em relação ao problema orçamentário da CNEN, aumentar preços de radiofármacos é uma medida imediatista que agravaria a situação em médio prazo. O mais lógico é reduzir os preços (vários estão acima do praticado mundialmente) para favorecer o crescimento da especialidade, aumentando o consumo de radiofármacos, o que resolveria o problema orçamentário da CNEN de forma sustentável e estruturada, além de favorecer a população, facilitando o acesso à tecnologia. “Ficamos de realizar um "workshop" em Brasília para apresentar as reivindicações a representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação e Cultura”, finaliza o presidente da SBBMN. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

1° Curso de Atualização Técnica em Medicina Nuclear

São Paulo 

Nos dias 6 e 7 de agosto de 2011, no Hotel Hampton Park (Alameda Campinas, 1213), em São Paulo (SP), a SBBMN promove o 1º Curso de Atualização Técnica em Medicina Nuclear, dirigido a biomédicos, tecnólogos, físicos, farmacêuticos, biólogos e outros profissionais da saúde. O curso visa informar pontos importantes relacionados à operação e atuação da equipe técnica de Medicina Nuclear. Durante as aulas teóricas serão revisados fundamentos de radiofarmácia, cuidados na marcação e controle de qualidade dos kits, proteção radiológica e ações de contenção, instrumentação e controle de qualidade do calibrador de dose, gama-câmara e PET/CT e indicadores para gestão da qualidade. Com carga de 12 horas, o curso é coordenado por Solange Amorim Nogueira. O valor da inscrição é R$ 150 para sócios da SBBMN e R$ 300 para não sócios. Programação detalhada e inscrição no site www.sbbmn.org.br. As vagas já estão esgotadas, mas a SBBMN aceita reservas de vagas para a próxima versão do curso em data a ser definida. 

Palestra ‘O Uso do PET/CT no Planejamento Radioterápico’

São Paulo 

No dia 8 de agosto de 2011, às 20 horas, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza (Al. Santos, 85), São Paulo (SP), a SBBMN promove o encontro ‘O Uso do PET/CT no Planejamento Radioterápico’, que tem como palestrantes o Dr. Marcelo Livorsi, médico do serviço de Medicina Nuclear e PET/CT do Hospital Israelita Albert Einstein, e o Dr. Samir Abdallah Hanna, médico Radio-oncologista do Hospital Sírio Libanês, titular em Radioterapia pelo CFM/SBRT/CNEN e pós-graduando em Radioterapia na FMUSP. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Patrocínio da GE Healthcare. Informações e inscrições no site www.sbbmn.org.br

Palestra no Rio de Janeiro sobre Aplicações de PET em Neurologia

Rio de Janeiro 

No dia 22 de agosto de 2011, às 19 horas, no Hotel Mar Palace Copacabana (Av. Nossa Senhora de Copacabana, 552), no Rio de Janeiro (RJ), com apoio da ANERJ, a SBBMN realiza encontro sobre Aplicações de PET em Neurologia. Programação:
19h00/19h05 - Abertura
19h05/19h25 - Atualidades em Demências – Professor Dr. Sérgio Novis
19h25/19h45 - O Estado da Arte no Manejo de Epilepsia do Lobo Temporal - Foco em Esclerose Hipocampal - Professora Dra. Sônia Leon
19h45 - 20h05 - Aplicações Clínicas de PET em Neurologia - Dr. José Leite
20h05 - Discussão
Após a discussão será servido o jantar. Haverá serviço de valet e estacionamento a uma quadra do hotel, com desconto para participantes. Patrocínio R2 Radiofarmácia. Vagas limitadas. Inscrições gratuitas no site www.sbbmn.org.br

Participe da Consulta Pública sobre equipamentos médicos

Internet 

Até 28 de agosto de 2011 estará no site da Anvisa a Consulta Pública número 34 que dispõe sobre assuntos relacionados aos equipamentos sob regime de vigilância sanitária usados, recondicionados, alugados e em comodato. A proposta de resolução estará disponível, na íntegra, durante o período de consulta, no endereço eletrônico www.anvisa.gov.br. As sugestões devem ser encaminhadas por escrito, em formulário próprio, para um dos seguintes endereços: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gerência Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Trecho 5, Área Especial 57, Brasília (DF), CEP 71205-050; ou para o fax (61) 3462-6644; ou para o e-mail tecnologia.produtos@anvisa.gov.br. A documentação objeto dessa Consulta Pública e o formulário para envio de contribuições permanecerão à disposição dos interessados no site http://www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/index.htm.

As contribuições serão públicas e permanecerão à disposição de todos no site da Anvisa. Aquelas não enviadas no formulário ou recebidas fora do prazo não serão consideradas para efeitos de consolidação do texto final do regulamento, que será disponibilizado no site da Anvisa, após a deliberação da Diretoria Colegiada.

A consulta trata de equipamentos com finalidade médica, odontológica, laboratorial, fisioterápica, utilizados diretamente ou indiretamente para diagnóstico, tratamento, reabilitação e monitoração em seres humanos; bem como de equipamentos com finalidade de embelezamento e estética.
Uma das propostas é proibir em todo o território nacional a importação, comercialização, troca, doação, recebimento em doação e cessão de equipamento sob regime de vigilância sanitária usado. Também trata da assistência técnica que, basicamente, deverá ser realizada pelo fabricante do equipamento. O texto completo está no endereço eletrônico http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/6bd86b00477801d9bc23be5c9a854df2/CP_34_2011_GGTPS.pdf?MOD=AJPERES.

A SBBMN é contra as propostas dessa consulta pública porque vão contra o interesse da especialidade e a favor da indústria de equipamentos. “A SBBMN acredita que essas propostas podem encarecer a manutenção dos equipamentos e limitar o crescimento da Medicina Nuclear brasileira”, explica o Dr. Celso Darío Ramos, presidente da SBBMN, que pede a todos os interessados que se manifestem e participem dessa consulta pública.