quinta-feira, 24 de março de 2016

CFM, AMB e ANS debatem ética e fator de qualidade em saúde


Palestra no DF: Medicina Nuclear na revascularização miocárdica


No dia 4 de abril o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Claudio Tinoco Mesquita, apresentará em Brasília (DF) a palestra “Uso da medicina nuclear na indicação da revascularização miocárdica”.
Direcionada a médicos nucleares, cardiologistas, cirurgiões cardíacos e vasculares, residentes médicos, e demais públicos ligados à especialidade, a palestra será organizada pela regional DF da SBMN, que conta com a coordenação de Gustavo Gomes.
A atividade acontecerá a partir de 19h30 na sede da (Academia de Medicina de Brasília) Associação Médica de Brasília (AMBr). As inscrições estão abertas e podem ser realizadas por e-mailsbmndf@gmail.comEnvie mensagem com seu nome completo; vínculo institucional; telefone e e-mail.
Tinoco possui graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (1994), mestrado em Medicina (Cardiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e doutorado em Medicina Radiologia Medicina Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002).  Responsável pela Disciplina de graduação do curso médico Medicina Nuclear e Imagem Molecular da Universidade Federal Fluminense. É coordenador da Pós-Graduação em Ciências Cardiovasculares da UFF para o quadriênio 2013-2017.


Programe-se: SBMN na 46ª Jornada Paulista de Radiologia


A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) estará presente em mais uma Jornada Paulista de Radiologia (JPR), que chega a 46ª edição com o tema “Diagnóstico por Imagem: Tecnologia a Serviço da Vida”. O encontro acontecerá entre os dias 28 de abril a 1º de maio, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP).
As atividades de medicina nuclear na 46ª JPR serão realizadas na sala M – Hall G. Confira abaixo os grandes temas, organizados por dia. Clique nos links para acessar a grade programática na íntegra:

28 de abril
Curso de Atualização: Conceito de Interpretação Básica em RM
Sessão de Abertura – das 11h15 ás 12h30
Aula inaugural – 12h às 12h30
Entendendo Câncer de Mama
Aplicações Clínicas de PET-RM

29 de abril
Curso de Atualização: PET-CT em Câncer Colorretal
Interpretação de Casos – Sessão Interativa
Sessão de Aulas
Estado da Arte: Imagem Cerebral

30 de abril
Curso de Atualização: Cardiologia Nuclear
Desafios e Oportunidades da Medicina Nuclear no Brasil
Imagem Híbrida
Novos Traçadores

1º de Maio
Curso de Atualização: Terapia com Radionuclídeos
Imagem SPECT vs PET

Chamada para AGO
Durante a 46ª JPR, no dia 29 e abril, acontecerá a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da SBMN, com primeira chamada às 17h45. Acesse o edital 

A 46ª JPR é organizada pela Sociedade Paulista de Radiologia, em parceria com a Sociedade de Radiologia Norte-Americana (RSNA). Esse será o segundo evento organizado pela SPR em conjunto com a RSNA, como parte do acordo entre as duas entidades. Para informações sobre inscrição acesse http://www.jpr2016.org.br/


quarta-feira, 23 de março de 2016

AIEA realiza encontro técnico sobre reatores nucleares de pesquisa, produção e uso de radiotraçadores

Danas Ridikas, da AIEA

O encontro técnico acontece em Viena, Áustria, de 20 a 24 de junho.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) promove o Technical Meeting on Specific Applications of Research Reactors: Production an Use of Radiotracers (AIEA Cod. F1-TM-52895 - GMD 058/16), em Viena, Áustria, no período de 20 a 24 de junho.

A Coordenação Geral de Assuntos Internacionais (CGAI) da CNEN, receberá até o dia 21/04/2016 formulários de candidaturas para participação no evento (tel. 021 2173-2129/2124) por parte dos institutos da Comissão.

O evento é coordenado por Danas Ridikas, da AIEA.


sábado, 12 de março de 2016

Pet scan, para diagnóstico do câncer, está encaixotado desde 2013 no DF

Bom Dia Brasil mostrou há 2 anos equipamentos novos encaixotados. E volta a flagrar o problema, agora na capital federal e em mais dois estados.



O Bom Dia Brasil mostrou há dois anos equipamentos novinhos para diagnosticar câncer encaixotados. Nossa equipe voltou a flagrar o mesmo problema, só que agora na capital federal e em mais dois estados.
São poucos aparelhos em todo o Brasil e a gente ainda encontra equipamentos abandonados.


Até quando este pouco caso com o dinheiro público, com o contribuinte e com pacientes de uma doença que requer competência e eficiência para ser combatida?

Os aparelhos de pet scan conseguem detectar com precisão tumores e até checar a regressão do câncer depois de sessões de quimioterapia. Tecnologia de última geração abandonada em salas e corredores de hospitais públicos.
É isso mesmo: o descaso. Empoeirado, embalado. São 17 caixas largadas no corredor do Hospital de Base, o maior de Brasília. Guardam um pet scan, equipamento top de linha para diagnóstico de câncer. E sabe desde quando? 2013. Quantas pessoas não poderiam ter sido atendidas nesses mais de 3 anos...
E o pior é que não tem nem previsão para o pet scan em Brasília, o único da rede pública, começar a funcionar. A sala onde ele deve ser instalado – que começou a ser feita depois que as caixas chegaram – está parada, desde setembro do ano passado. E os pacientes esperando na fila.
O Ministério Público concluiu que foi como comprar os móveis antes de fazer a casa. Planejamento nenhum. E que custou até agora um dinheirão: R$ 3 milhões na época, só pelo equipamento. Quase R$ 100 mil pela garantia – não usada. E o governo ainda teve que bancar exame, em clínica particular, para quem recorreu à Justiça.
“A compra foi feita direcionada para determinado fornecedor e não direcionada para atender as necessidades da Secretaria e dos usuários. Nesse caso os usuários são portadores de câncer, de neoplasias malignas. Então, veja que o prejuízo não foi só o erário”, avalia a promotora Marisa Izar.
O MP pediu punição dos secretários de Saúde que ignoraram as caixas. E está cobrando dos atuais gestores.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse que teve que adaptar o projeto da obra, que tinha falhas. Serão uns 8 meses. Aí, para instalar e atender paciente não dá nem para chutar uma data.
“A partir da conclusão do projeto, ele vai ser apreciado pela equipe de engenharia que vai fazer a execução desse projeto. E somente essa equipe técnica vai ter condições de avaliar o projeto, e determinar a estimativa de tempo para a execução dele. A nossa orientação é que seja o mais breve possível”, diz a secretária-adjunta de Saúde do DF, Eliene Berg.


Hoje 1 mil pacientes que estão na fila do tratamento em Brasília poderiam estar usando o pet scan, que não é luxo, é o que dá mais precisão nos exames.

“Quando o paciente oncológico é submetido ao pet scan, existe uma tendência de você ser mais preciso, mais assertivo na condução deste paciente, e privando ele de procedimentos desnecessários e, consequentemente, de custos desnecessários”, avalia o médico Gustavo Gomes, da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear.
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear lamenta serem tão poucos pet scans no Brasil: 135 instalados. A maioria em São Paulo. O Nordeste tem poucos. E foi lá no Hospital das Clínicas da Universidade de Pernambuco, que o Bom Dia Brasil achou outro pet scan que está só de enfeite. Se é que se pode chamar assim. E também é problema que vem de anos.
“A compra do equipamento foi feita na gestão anterior, acredito eu, se não me falha a memória, em 2011. Ele foi instalado no decorrer de 2014, precisou ser mudado em 2015 e agora está devidamente colocado, esperando apenas as adequações na infraestrutura”, explica Frederico Jorge Ribeiro, do Hospital das Clínicas da UFPE.
No Rio, no centro onde ficam esses equipamentos de alta tecnologia, o pet scan era para estar sendo usado desde 2014. Mas o produtor do Bom Dia Brasil tentou marcar um exame. E abaixo a resposta que ele ouviu:
Atendente: – Não, a gente não tá marcando. Nós não marcamos a princípio, pois ainda tá em fase de obra pra terminar.

Produtor: – Entendi. Você tem noção de quanto tempo vai levar?
Atendente: – Não. Não tenho noção de quanto tempo vai levar. Pode levar uns três meses, seis meses, um ano, dois. Não tem prazo. Não tem prazo. Eles não deram prazo pra gente. Me disseram, se alguém ligar fala que não tem prazo.

O Bom Dia Brasil insistiu e fez a mesma pergunta para a Secretaria de Saúde do Rio de Janeirodisse que não tinha tempo hábil para responder aos nossos questionamentos.

PET-CT: acesso à tecnologia deficitário e assimétrico no país prejudica assistência à população brasileira

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear manifesta indignação frente ao descaso que se apresenta  no País


A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) vem por meio desta nota manifestar sua indignação frente ao descaso com a medicina nuclear brasileira, materializado no abandono de equipamentos de PET (tomografia por emissão de pósitrons), que estão inoperantes nas instituições, aguardando por sua instalação. Enquanto isso, os pacientes da rede pública perecem pela falta de acesso à tecnologia.
Atualmente, a Sociedade foi notificada de que há no País três aparelhos inativos, sendo um no Hospital de Base do Distrito Federal; um no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o outro no Rio de Janeiro, o Rio Imagem.
O PET foi incorporada no arsenal de tecnologias oferecidas pelo sistema público de saúde à população – por meio das portarias Nº 07ǀ Nº 08 ǀ Nº 09, publicadas em abril de 2014. Atualmente é direcionado a estratificar a extensão de dos seguintes tipos de câncer em pacientes da rede pública: (1) câncer de pulmão de células não-pequenas, (2) câncer colorretal com metástase exclusivamente hepática com potencial ressecável e (3) linfomas de Hodgkin e não Hodgkin. Neste último caso, também há avaliação da resposta do tratamento.
Segundo o presidente da Sociedade, Claudio Tinoco Mesquita, a entidade avalia que nestes dois anos a situação do acesso à ferramenta no que cabe ao potencial diagnóstico e terapêutico de pacientes usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) é deficitária no País – tanto em termos de acesso tanto  ao ressarcimento do procedimento aplicado aos serviços – o qual encontra-se extremamente defasado.
O Brasil possui hoje aproximadamente 135 equipamentos – entre a esfera pública e privada, o que corresponde a cerca de 23% do número de todos os serviços de medicina nuclear no Brasil (433). Existe distribuição heterogênea dos equipamentos e cobertura ainda não plena no cenário nacional. Esta assimetria distribuição dificulta o acesso a essa tecnologia. A maior concentração está na região Sudeste (51 serviços = 50,3%). Na região Nordeste, estima-se 15%; seguido do Sul, com 16%; Nordeste com 15%; Centro Oeste, com 9% e Norte com apenas 5%.
Para se ter uma ideia, há cinco estados brasileiros que não têm PET-CT, principalmente na região da Amazônia. “Pacientes nessas áreas precisam atravessar mais de 1.000 km para ter acesso ao PET”, relata o presidente da Sociedade, Claudio Tinoco Mesquita.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a densidade de PET-CT no Brasil é de 0,5 por milhão de habitantes, entre a esfera pública e privada. Sendo a população brasileira estimada em 203.894.000 habitantes, há então 2 milhões de habitantes por equipamento. No início de 2015 foram pagos pelo SUS 296 exames/mês. A perspectiva de realização de exames/ano é de 100 mil exames. Dados da Organizações das Nações Unidas apontam que a densidade adequada de equipamentos de PET-CT seria de pelo menos o dobro (1 equipamento para cada 1 milhão de habitantes). Precisamos dobrar o número de equipamentos de PET CT e o número de médicos nucleares no Brasil para atender às demandas da população. Outra medida importante é o aumento de indicações de PET CT cobertas pelo SUS.
No Brasil, existem pouco mais de 650 especialistas de medicina nuclear, sendo a maioria localizada no Sudeste (55%), o que representa apenas 0,25% do total de médicos no Brasil. Há apenas 23 centros de formação de médicos de medicina nuclear maior parte do Sudeste. A especialidade está empreendendo esforços para crescer e atender a demanda crescente na sociedade.
PET-CT é um método diagnóstico por imagem funcional que, ao mesmo tempo, permite ao médico obter excelente resolução anatômica dos órgãos. No caso da oncologia, campo da medicina ao qual pode ser aplicada via SUS, um dos benefícios é o estadiamento (classificação do nível de impacto) da doença no organismo, o que ajuda no direcionamento do tratamento e, consequentemente, no alcance de melhores resultados e aumento da sobrevida. “O PET-CT funde a imagem anatômica com a funcional e temos o local exato onde o tumor está o que possibilita a escolha do melhor tratamento – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia”, relata Mesquita.
Acesso desigual – público x privado
Apesar da conquista, a SBMN alerta para o fato de ainda haver procedimentos a serem incorporados no âmbito da saúde pública. Enquanto no SUS o PET-CT é indicado para apenas três tipos de câncer, na saúde suplementar, o rol de abrangência é maior, conforme a Resolução Normativa – RN nº. 338, publicada no D.O.U., há dois anos, em 22 de outubro de 2013.
O rol de procedimentos referente à saúde suplementar (ANS) constitui a referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de assistência à saúde. Entre os 44 procedimentos que tiveram ampliação na oferta de indicações para 2014 está o exame PET, que passou de três para oito – que são: avaliação  de nódulo pulmonar solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma e câncer de esôfago. Antes eram contemplados apenas câncer  pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer colorretal.


PET CT em números
Quantidade de Pet (Pósitron Emission Tomography) 2015
UFQuantidades
AL1
AM2
BA9
CE4
DF5
ES2
GO6
MA3
MG10
MS3
MT2
PA3
PB2
PE5
PI1
PR4
RJ13
RN2
RO1
RS10
SC4
SE1
SP42
Total135

Link original: http://sbmn.org.br/noticia/pet-ct-acesso-a-tecnologia-deficitario-e-assimetrico-no-pais-prejudica-assistencia-a-populacao-brasileira/

quinta-feira, 3 de março de 2016

Intercâmbio Científico Brasil - Europa 

Na foto (Dir./Esq.) : professora Simone Brandão (UFPE), professora Helen Khoury (UFPE - coordenadora do evento) , professor Brian Hutton (UK), Claudio Tinoco Mesquita (Presidente da SBMN; e UFF) Professor K. Katti (USA), professora Cristina Jeckel (instituto do cérebro RS) e professor C. Tsoumpas (UK) - imagem captada pelo presidente da SBMN, Claudio Tinoco

Está em andamento nesta semana, entre os dias 1 a 5 de março, em Recife (PE), o Workshop Internacional de Colaboração Científica em Medicina Nuclear Europa - Brasil (Workshop on Brazil/UK scientific colaboration: the future of molecular Imaging).

Intitulado “Ciência Básica de Medicina Nuclear e Imagem Molecular” o objetivo é estimular o desenvolvimento científico no Brasil juntamente a outros países. Para Claudio Tinoco Mesquita, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) que está no encontro, a aproximação é fundamental para aperfeiçoar e ampliar a produção científica nacional neste campo.
O Workshop tem como foco a construção de ligações para colaborações internacionais e, também, de selecionar futuros pesquisadores com base no seu potencial de investigação e capacidade de construir vínculos de longo prazo. A atividade conta com apoio do CNPq e Newton Fund.
Os temas do encontro incluem radioquímica e radiofarmácia, dosimetria e terapia, instrumentação e multimodalidade de imagem, a reconstrução e processamento de imagem, análise de imagens e aplicações clínicas.
Os participantes, que se inscreveram em 2015, ainda tiveram a oportunidade de apresentar um resumo de pesquisas na forma de apresentação oral e discutir isso com pesquisadores estabelecidos do Reino Unido e no Brasil. Saiba mais em http://bit.ly/1TsPbnZ

quarta-feira, 2 de março de 2016

MN na mídia: 120 anos de radioatividade


A medicina nuclear, uma das aplicações da radiação e com fins pacíficos, foi uma das vertentes exploradas pela reportagem do jornal Correio Braziliense, desta terça-feira, dia 1º de março, data celebrativa dos 120 anos desde a descoberta da radioatividade. A SBMN foi representada na reportagem pelo diretor e médico nuclear, Gustavo Gomes, representante da Sociedade no Distrito Federal.
“Não consigo contemplar qualquer outro método diagnóstico que pudesse substituir a radiação e a radioatividade”, afirma o médico Gustavo Gomes, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). Ele esclarece que, além dos exames fundamentais para detecção de doenças — no caso da medicina nuclear, principalmente as oncológicas —, a radioatividade salva vidas por meio de tratamentos como a destruição de tumores sólidos, sem afetar os tecidos adjacentes. Entre as novidades na área, há a detecção inicial e a progressão dos males de Alzheimer e Parkinson, além da máquina de PET ressonância, que tem aplicações diversas — de avaliação de lesões cerebrais a doenças cardiológicas —, sem emitir radiação para o organismo.

Fonte: Correio Braziliense