Você já ouviu falar em “medicina nuclear”? Qual relação ela pode ter a ver com sua vida? Ou mesmo se ela tem algo a ver com a energia nuclear?
Para responder a estas e outras perguntas, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), com o apoio de entidades de pacientes, realizará gratuitamente no próximo dia 22 de outubro, das 13h às 17h, na cidade do Rio de Janeiro, um encontro destinado a toda população, no Centro de Convenções do Royal Tulip Hotel.
Trata-se do I Fórum Educacional Práticas da Medicina Nuclear na Saúde. A iniciativa visa esclarecer sobre o que é esta especialidade médica e qual sua aplicação na prática na vida das pessoas. Para tanto, o evento contará com a presença de representantes da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE) e Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Haverá ainda a presença do comediante e ator Marcelo Madureira (membro do extinto programa de TV “Casseta & Planeta”), que irá compartilhar sua recente experiência com a medicina nuclear, quando teve uma complicação cardíaca e como a especialidade o ajudou. As inscrições são grátis e podem ser realizadas até o dia 19 de outubro pelo e-mail: contato@sbmn.org.br e tatianaalmeida@rspress.com.br
Quando pensamos na palavra “nuclear” podemos nos lembrar também de famosos personagens dos quadrinhos como o “Incrível Hulk” e “Homem Aranha”, cujos personagens cientistas sofrem acidentes com radioatividade e, consequentemente, passam por mutações genéticas.
Para aqueles que achavam que jamais ouviriam falar de uma tabela periódica utilizada nas aulas de química e física novamente após sair do ensino médio, apresentamos a medicina nuclear!
“Ao contrário do que se pode pensar ou imaginar, a quantidade de radiação utilizada na medicina nuclear é mínima, sendo até mais seguro do que tomar uma aspirina”, esclarece o presidente da SBMN, o médico nuclear Claudio Tinoco Mesquita, e um dos idealizadores da atividade.
Mesquita explica que a medicina Nuclear é uma especialidade médica que usa quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para acessar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos, realizando imagens, diagnósticos e, também, tratamentos.
“Apesar do nome soar assustador, traz inúmeros benefícios a nossa saúde, pois é capaz de diagnosticar diversas doenças, que incluem embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências e outras”, completa ele.
Desafios de acesso à medicina nuclear
Além de esclarecer sobre a medicina nuclear, o I Fórum Educacional Práticas da Medicina Nuclear na Saúde trará a abordagem também aspectos ligados ao acesso da população à especialidade.
Juntos, médicos nucleares, associações nacionais de pacientes e familiares discutirão o atual panorama do acesso à medicina nuclear, em especial no campo da saúde pública. Entre os principais recursos dos quais os pacientes podem ser beneficiados estão os exames de cintilografia do miocárdio e de PET-CT.
O presidente da SBMN e do Congresso, Claudio Tinoco Mesquita, lamenta que a medicina nuclear ainda não se apresente adequadamente empregado. Segundo ele, a subutilização da medicina nuclear pela população brasileira, em especial dos usuários do SUS é notória. “Há uma grande assimetria entre o uso na saúde suplementar (planos e operadoras de saúde) – cujo acesso esta ainda abaixo aos níveis de outros países, e o acesso aos pacientes que dependem exclusivamente do sistema público – em que as taxas de utilização são muito inferiores às satisfatórias.”
O I Fórum Educacional Práticas da Medicina Nuclear na Saúde integra a programação pré-Congresso do XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, que acontece de 23 a 26 de outubro.
Link original: http://www.sbmn.org.br/site/secao/visualiza/1459
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