Foi anunciado pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que foi aprovado pelo Conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, a liberação de R$ 50 milhões necessários para a elaboração do projeto básico e licenciamento ambiental do Reator Multipropósito Brasileiro – RMB. O investimento total, distribuído pelos próximos seis anos, é de R$ 850 milhões.
A construção do RMB coloca o Brasil no caminho da autossuficiencia na produção de radiofármacos. A atual necessidade de importação desses produtos fundamentais para a medicina nuclear, deixa o país vulnerável, especialmente em momentos de crise de abastecimento como o que estamos vivendo desde que o Canadá, responsável por 40% do fornecimento mundial do molibdênio-99 (o mais importante radiofármaco), interrompeu suas atividades em função de um acidente em sua instalação.
É importante destacar que, por se tratar de uma questão de saúde, os países produtores atendem prioritariamente as suas demandas internas e somente o excedente de produção é comercializado. Além disso, a Medicina Nuclear é uma das especializações que mais crescem no mundo e todos os reatores comerciais têm idade avançada e estão próximos do encerramento da sua vida útil.
O reator brasileiro, por ser multipropósito, também contemplará outras áreas estratégicas que vão desde o teste de materiais para a construção de reatores de potência como Angra I e II ou de propulsão nuclear, até a produção de fontes radioativas para a saúde, indústria, agricultura e meio ambiente, passando pela criação de um Laboratório Nacional para atender a comunidade científica brasileira.
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