Fonte: Jornal da Ciência
Com início de funcionamento previsto para 2017, o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) deve tornar o País autossuficiente na produção de substâncias essenciais para a medicina nuclear.
O Brasil está a caminho de se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos e radiofármacos, substâncias essenciais na Medicina Nuclear, especialidade médica que hoje possibilita as maiores chances de diagnóstico preciso e tratamento de doenças relevantes, como o câncer; e também possui importantes aplicações em problemas cardíacos, avaliação das atividades cerebrais, entre outras. O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), empreendimento a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), deverá entrar em funcionamento em 2017, no município de Iperó, no interior de São Paulo. Trata-se de um reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos, que são a base para os radiofármacos e também para produção de fontes radioativas usadas pelo Brasil em larga escala nas áreas industrial e de pesquisas.
O Brasil possui atualmente quatro reatores de pesquisa em funcionamento. A produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado na unidade da Cnen em São Paulo, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Esse reator, porém, não atende a demanda brasileira dos radioisótopos utilizados na produção de radiofármacos, que em 2011 propiciaram a realização de cerca de 1,5 milhão de procedimentos de medicina nuclear.
A maior parte dos radioisótopos com origem em reatores nucleares é importada. Em 2009, com a paralisação de um reator canadense que é o principal fornecedor do Brasil, juntamente com a interrupção de funcionamento de reatores na Bélgica e na Holanda, houve uma crise mundial no fornecimento. O Brasil buscou alternativas de importação na Argentina e África do Sul, mas a área de Medicina Nuclear nacional precisou adaptar-se a uma situação de crise no abastecimento.
O reator do Canadá voltou a funcionar e a crise de 2009 foi contornada. A situação, porém, criou a expectativa de se garantir ao Brasil independência na produção dos radioisótopos utilizados. O RMB tornará isso possível. Além de já ter local definido, um terreno de 1,2 milhão de metros quadrados cedido à Cnen pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), o empreendimento foi incluído no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA- 2012-2015), com uma previsão orçamentária da ordem de R$ 400 milhões para o período. O custo total estimado do RMB é de R$ 850 milhões.
A Cnen já finalizou o escopo do projeto. A fase atual é de elaboração dos projetos conceitual e básico dos prédios, infraestrutura e sistemas convencionais. Essas tarefas ficarão a cargo da Intertechne, empresa nacional que venceu uma licitação pública e assinou no dia 2 de janeiro o contrato para execução do trabalho.
Além da produção de radioisótopos, o RMB também tem como funções básicas a realização de testes de irradiação de combustíveis nucleares e materiais estruturais utilizados em reatores de potência, bem como a realização de pesquisas científicas com feixes de nêutrons em várias áreas do conhecimento, atuando de forma complementar ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). O empreendimento RMB está sendo coordenado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Cnen com a participação de seus institutos de pesquisa e conta com a parceria de outras instituições do setor nuclear brasileiro.
(Ascom da Cnen)
Com início de funcionamento previsto para 2017, o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) deve tornar o País autossuficiente na produção de substâncias essenciais para a medicina nuclear.
O Brasil está a caminho de se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos e radiofármacos, substâncias essenciais na Medicina Nuclear, especialidade médica que hoje possibilita as maiores chances de diagnóstico preciso e tratamento de doenças relevantes, como o câncer; e também possui importantes aplicações em problemas cardíacos, avaliação das atividades cerebrais, entre outras. O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), empreendimento a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), deverá entrar em funcionamento em 2017, no município de Iperó, no interior de São Paulo. Trata-se de um reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos, que são a base para os radiofármacos e também para produção de fontes radioativas usadas pelo Brasil em larga escala nas áreas industrial e de pesquisas.
O Brasil possui atualmente quatro reatores de pesquisa em funcionamento. A produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado na unidade da Cnen em São Paulo, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Esse reator, porém, não atende a demanda brasileira dos radioisótopos utilizados na produção de radiofármacos, que em 2011 propiciaram a realização de cerca de 1,5 milhão de procedimentos de medicina nuclear.
A maior parte dos radioisótopos com origem em reatores nucleares é importada. Em 2009, com a paralisação de um reator canadense que é o principal fornecedor do Brasil, juntamente com a interrupção de funcionamento de reatores na Bélgica e na Holanda, houve uma crise mundial no fornecimento. O Brasil buscou alternativas de importação na Argentina e África do Sul, mas a área de Medicina Nuclear nacional precisou adaptar-se a uma situação de crise no abastecimento.
O reator do Canadá voltou a funcionar e a crise de 2009 foi contornada. A situação, porém, criou a expectativa de se garantir ao Brasil independência na produção dos radioisótopos utilizados. O RMB tornará isso possível. Além de já ter local definido, um terreno de 1,2 milhão de metros quadrados cedido à Cnen pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), o empreendimento foi incluído no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA- 2012-2015), com uma previsão orçamentária da ordem de R$ 400 milhões para o período. O custo total estimado do RMB é de R$ 850 milhões.
A Cnen já finalizou o escopo do projeto. A fase atual é de elaboração dos projetos conceitual e básico dos prédios, infraestrutura e sistemas convencionais. Essas tarefas ficarão a cargo da Intertechne, empresa nacional que venceu uma licitação pública e assinou no dia 2 de janeiro o contrato para execução do trabalho.
Além da produção de radioisótopos, o RMB também tem como funções básicas a realização de testes de irradiação de combustíveis nucleares e materiais estruturais utilizados em reatores de potência, bem como a realização de pesquisas científicas com feixes de nêutrons em várias áreas do conhecimento, atuando de forma complementar ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). O empreendimento RMB está sendo coordenado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Cnen com a participação de seus institutos de pesquisa e conta com a parceria de outras instituições do setor nuclear brasileiro.
(Ascom da Cnen)
Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idc=10957
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