Esta é uma especialidade médica que utiliza quantidades mínimas de radiação, através de elementos conhecidos como radiofármacos, para realizar exames diagnósticos, tratamentos terapêuticos e auxiliar alguns procedimentos cirúrgicos.
O principal diferencial da Medicina Nuclear está na avaliação da função dos diversos órgãos. Mas ainda há outras vantagens: os procedimentos além de não serem invasivos, são muito seguros. A cintilografia e a tomografia por emissão de pósitrons (também conhecida como PET/CT, na sigla em inglês) são as principais aplicações desta tecnologia para diagnósticos.
Com a cintilografia, por exemplo, é possível examinar o funcionamento de diversos órgãos do corpo – e não apenas o contorno dos órgãos, como acontece com outros exames de imagem – por meio da emissão de uma leve quantidade de radiação que é detectada pelos equipamentos. Coração, rins, fígado, pulmões, tireoide e cérebro estão entre os órgãos que podem ser analisados por meio deste exame, assim como ossos e até mesmo tumores.
Já o exame de PET/CT, com o radiofármaco que marca o açúcar com uma pequena porção radioativa permite avaliar o metabolismo da glicose de órgãos e tecidos.
A administração do medicamento é feita por via oral, venosa ou inalação. Além de ser utilizada uma quantidade muito reduzida (similar ou mesmo inferior à usada em exames de tomografia computadorizada), o tempo de permanência do radiofármaco no organismo geralmente é muito curto: em questão de horas os radiofármacos são eliminados do corpo, principalmente pela urina, como ocorre com o contraste ingerido para exames de ressonância magnética.
Há poucas contraindicações ao procedimento, e, por isso, idosos, recém-nascidos ou pacientes debilitados podem realizá-lo com baixo risco. Restringe-se a realização dos exames em gestantes e em pacientes que estão amamentando
Mas vale a orientação: os compostos têm vida útil reduzida e, por isso, são adquiridos para a realização de cada exame. Se marcar uma cintilografia ou um exame de PET, não deixe de ir ou remarque com antecedência!
Dr. Heitor Naoki Sado e Dra. Carla Rachel Ono, médicos nucleares do Hospital 9 de Julho.
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