terça-feira, 31 de maio de 2016

Enxergando o câncer: o papel do diagnóstico por imagem na evolução da oncologia

Especialista fala sobre a importância dos avanços nas técnicas de imagem na luta contra o câncer

Por Matheus Steinmeier
matheushenrique@rspress.com.br

Historicamente, a oncologia, especialidade médica dedicada ao estudo e tratamento do câncer, teve como sua primeira disciplina a cirurgia. Datando de milhares de anos atrás, antes mesmo da descoberta da anestesia e da assepsia 150 anos atrás, as cirurgias oncológicas possuíam baixos índices de cura acompanhados por altas taxas de morbidade e mortalidade. Com o passar dos anos e com o desenvolvimento científico e tecnológico, a especialidade passou a se desenvolver, valendo-se, entre outras coisas, da evolução das técnicas de imagem.

Segundo o médico nuclear e diretor do serviço especializado MND Campinas, Celso Dario Ramos, as informações propiciadas a partir do desenvolvimento da radiologia, por exemplo, foram decisivas para o maior entendimento da configuração dos tumores e de sua operabilidade. A sofisticação e sensibilidade crescente das imagens passaram a guiar cirurgiões e oncologistas, ajudando a aperfeiçoar as margens cirúrgicas, mostrando a extensão dos tumores e até aonde ele deve ser removido.

“Mais do que isso, as técnicas de imagem cada vez melhores diminuíram drasticamente a realização de cirurgias desnecessárias. Se tomarmos como exemplo o tratamento para câncer de esôfago e compararmos as imagens tradicionais com aquelas obtidas pelo PET/CT vemos que a técnica mais recente chega a mudar a estratégia de intervenção em 40% dos casos, causando a queda do número de cirurgias desnecessárias para a remoção do tumor. Isso porque com ele é possível detectar focos de metástases em linfonodos, o que muda o tratamento a ser seguido”, explica.

O PET, sigla em inglês para a Tomografia por Emissão de Pósitrons, é um dos principais avanços da medicina nuclear, especialidade que usa quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para obter imagens e oferecer tratamentos precisos para diversas doenças. Incorporado à prática médica há mais de duas décadas, o PET foi melhorado com a incorporação das técnicas de tomografia computadorizada. Dessa forma, o PET/CT une os avanços das duas tecnologias para permitir ao médico obter maior resolução anatômica dos órgãos e tecidos humanos em pleno funcionamento.

O diretor da MND ainda conta que o PET/CT está entre o que há de mais avançado para o diagnóstico preciso, sendo utilizado também em especialidades como neurologia, cardiologia e endocrinologia, entre outras. Por fundir a imagem anatômica com a funcional, o exame define o local exato onde o tumor está.

“Na oncologia, o PET propicia ainda um estadiamento mais preciso do câncer, possibilitando a escolha do melhor tratamento, seja quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou paliativo, diminuindo a morbidade da doença. Em outras palavras, à luz do conhecimento atual, não é mais possível praticar oncologia com elevada qualidade sem dispor dessa tecnologia”, ressalta o especialista.

Acesso da população
Atualmente, na saúde suplementar (planos de saúde), há a indicação para o exame PET, prevista em portaria, para oito casos: detecção de nódulo pulmonar solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma, câncer de esôfago, tumor pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer colorretal.

“Muitas indicações importantes estão de fora. A lista não foi estendida para câncer de tireoide, colo do útero, testículo e ovário, entre outros, uma prática que já é comum em diversos países em todo o mundo. O Uruguai, nosso vizinho de América Latina, é um exemplo que contempla os também outros tipos de câncer na saúde suplementar”, comenta.

Na saúde pública, porém, a realidade é outra. Apenas três indicações são ressarcidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS): câncer de pulmão de células não pequenas, câncer colorretal com metástase exclusivamente hepática com potencial ressecável e linfomas de Hodgkin e não Hodgkin.

“Seria necessário que essa lista de indicações fosse ampliada. Até o presente momento, não houve a decisão final do Ministério da Saúde (MS) de oferecer PET/CT aos pacientes mais carentes, como ocorre em diversos países, inclusive da América Latina”, finaliza o diretor da MND Campinas.

Sobre a MND Campinas
Fundada em 1995 por uma equipe de especialistas pioneiros em PET/CT no Brasil, a Medicina Nuclear Diagnóstica Campinas oferece a médicos e pacientes serviços em diagnóstico por imagem, trazendo o que há de mais moderno em medicina nuclear. A clínica tem como diferencial a capacitação do corpo clínico, com médicos, biomédicos e enfermeiros em processo de constante aperfeiçoamento para acompanhar os avanços da especialidade.

Informações para a imprensaRS Press
Tel: (11) 3875-6296

quinta-feira, 19 de maio de 2016

"O Instituto que salva vidas não pode morrer", alerta José Carlos Bressiani


Apresentações do Plano Diretor acenderam o alerta quanto ao futuro do IPEN
"O Instituto que salva vidas está morrendo, precisamos salvá-lo". Com essas palavras, o superintendente José Carlos Bressiani expressa a sua preocupação com o futuro do IPEN, como um "recado" aos governantes, referindo-se ao sucessivo contingenciamento e à aposentadoria de servidores sem a devida reposição. 

O alerta vermelho acendeu com as apresentações do Plano Diretor 2015 - ciclo 2016, realizadas de 8 a 18 de março. Em longa entrevista ao Órbita, Bressiani destaca a necessidade de inovar, "para não perdermos 60 anos de história". 

Apesar da crise, contudo, a qualidade das pesquisas, dos serviços e das publicações se manteve. Segundo o superintendente, a direção do IPEN percebeu o amadurecimento de vários grupos de pesquisa, mesmo diante das dificuldades de financiamento, principalmente de orçamento público, já que a pesquisa propriamente é viabilizada pelas agências de fomento.

"Contamos com estudantes de graduação e de pós-graduação, cujo número anual tem se mantido na faixa de mil alunos. É uma grande força de trabalho. Mas há o problema da falta de recursos humanos, que a gente supera, onde é possível, com pessoal terceirizado".

Com seu estilo "direto", Bressiani cobra dedicação ao trabalho no IPEN e nem sempre é compreendido na mensagem que deseja passar. "No momento em que fazemos uma avaliação dos resultados obtidos de um determinado ano, é natural que façamos avaliações de todas as ordens. E é nesse sentido que as minhas manifestações são colocadas", afirma, acrescentando que não não se tratam de cobrança individual, nem gratuita, "é visando a melhoria da instituição que eu dirijo, esse, afinal, é um dos meus papéis".

Para estimular os servidores, a direção criou novos prêmios internos individuais e coletivos. "Na verdade, é mais um reconhecimento para os nossos servidores e pesquisadores, porque em termos de recursos financeiros, alguns prêmios representam pouco". Para Bressiani, o caminho para driblar a crise é a inovação, área que tem sido prioridade na gestão. 

"As instituições de pesquisa têm que trabalhar nessa linha, seja levando inovação, seja do setor produtivo com retorno econômico ou social", destaca o superintendente, lembrando que a maior incubadora do Brasil está no IPEN.

Perguntado se pleiteará sua recondução ao cargo, Bressiani diz que "hoje, não está nos planos". Ele também fala do novo curso de pós-graduação do IPEN e faz um balanço geral dos seus três anos e meio de gestão, o último ano de mandato.

Para ler a entrevista completa, nas páginas 4 e 5 da mais recente edição do Órbita (Março/Abril), clique aqui.


"IEA-R1 dará impulso às atividades do RMB", diz gerente do CRPq


O IEA-R1, primeiro reator nuclear de pesquisas do Brasil, completará, em 2017, 60 anos de atividades, com vários trabalhos de ponta sendo desenvolvidos, que vão desde desenvolvimento de novos nanomateriais e semicondutores, até estudos de arqueologia. É um dos poucos no mundo em que é possível se visitar o saguão da piscina com ele em operação, atividade considerada uma "obrigação do IPEN", na opinião de Frederico Genezini, 44, gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq), ao qual o IEA-R1 está vinculado. 

Em entrevista para o Órbita, Fred, como é chamado pelos colegas, fala das atividades do Centro, vislumbra um horizonte de mais duas décadas de plena atividade para o IEA-R1 e diz que ele dará impulso às atividades a serem desenvolvidas no Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

"Nosso reator tem sido modernizado constantemente nos últimos anos, com grandes investimentos da casa. Os visitantes de outros reatores elogiam muito o IEA-R1. As técnicas que usamos aqui no reator são bastante específicas e com capacidades únicas. Agora mesmo estamos iniciando um estudo para produção de células solares por meio irradiação com nêutrons do reator. Acredito que o IEA-R1 pode continuar contribuindo com a sociedade brasileira para além de um horizonte de 15 a 20 anos e dando impulso às atividades que serão desenvolvidas no RMB", afirmou.

Vindo das "categorias de base", referindo-se à iniciação científica, Fred também comenta o desafio de gerenciar o Centro que abriga o reator que deu origem ao IPEN, sobretudo no momento em que a legislação que contempla benefícios para quem trabalha na área nuclear está levando a uma readequação dos serviços no CRPq. "Até abril de 2015, operávamos semanalmente por 60 horas contínuas e, atualmente, operamos 8 horas diárias, 4 dias por semana. É uma questão complicada", diz.

Em relação a áreas que podem ser descontinuadas com a aposentadoria de pesquisadores, Fred informa que o CRPq está mapeando essas áreas e acredita que esse processo possa ser "uma janela de oportunidade que nos torne mais competitivos nas linhas que sobreviverem". Apesar de ser apontado como uma nova liderança no IPEN, Fred diz que, ao deixar a gerência do CRPq, pretende se dedicar mais às atribuições de pesquisa e também de ensino.

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

Link original: https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=38&campo=6669

sábado, 14 de maio de 2016

PET/CT com PSMA-68GA: Prof. Miguel Srougi é um dos palestrantes confirmados no Encontro Científico da SBMN


Um dos avanços mais relevantes dos últimos anos no diagnóstico, estadiamento e planejamento de conduta terapêutica de pacientes com câncer de próstata, conforme avalia o Prof. Miguel Srougi, PET/CT com PSMA será tema de reunião científica da SBMN 
Miguel Srougi (foto), professor titular de Urologia da FMUSP, é um dos palestrantes convidados para a reunião científica “PET/CT com PSMA-68Ga: Princípios e Aplicações”, juntamente com Marcelo Livorsi da Cunha e Ronaldo Hueb Baroni, com a moderação de Elba Cristina de Sá Camargo Etchebehere. A atividade, que acontece no dia 23 de maio, das 20h às 21h30, em São Paulo, no hotel Golden Tulip Paulista Plaza, localizado na Alameda Santos, 85, abre o programa de encontros da SBMN de 2016 na capital paulista.
Prof. Srougi abordará aspectos práticos relacionados com o emprego do PSMA PET-CT em câncer da próstata, enfatizando sua relevância emergente e o seu papel na identificação da doença primária, nos casos de recidiva da neoplasia após o tratamento primário e o como método potencial de tratamento na doença hormônio-refratária (theranostic).
Para o Prof. Srougi a introdução em clínica do procedimento representa “um dos avanços mais significativos dos últimos anos, com potenciais implicações na identificação do câncer de próstata, na avaliação da extensão e gravidade desses tumores, no planejamento do tratamento dos pacientes atingidos e, provavelmente, na evolução clinica e melhora da sobrevida desses casos”, declarou o professor, em entrevista cedida à equipe de comunicação da SBMN, quando questionado quanto ao potencial da medicina nuclear no que cabe à sua aplicabilidade no campo do câncer de próstata.
As inscrições ainda estão abertas e podem ser feitas por meio de envio de mensagem para a secretaria da SBMN – via e-mail: sbmn@sbmn.org.br, informando o nome do participante, telefone e e-mail.

Confira o calendário do Programa de Reuniões Científicas da SBMN: http://migre.me/tDxFf


terça-feira, 3 de maio de 2016

Uso de nêutrons impulsiona as técnicas de imageamento


No IPEN, as pesquisas nessa área são conduzidas pelo grupo liderado por Reynaldo Pugliesi, do CRPq.
As técnicas de imageamento são amplamente empregadas não apenas com finalidade médica, mas também para o estudo de diversos tipos de objetos nos campos tecnológicos e de pesquisa acadêmica, como, por exemplo, arqueológicos, biológicos, energéticos etc. Raios X e outras radiações penetrantes, como os nêutrons, vêm sendo estudadas no Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) do IPEN pelo grupo de pesquisas liderado por Reynaldo Pugliesi.
Cada técnica tem sua especificidade. No caso dos Raios-X, é possível obter imagem bidimensional (2D), quando um feixe incide em um objeto e a intensidade transmitida por ele forma uma imagem da sua estrutura interna, a qual pode ser registrada em um filme. Os Raios-X também podem ser utilizados para a geração de imagens tridimensionais (3D) dos objetos, por meio da técnica da tomografia.
Já os nêutrons são radiações de origem nuclear e, pelas características de sua interação com a matéria, são capazes de ser atenuados (tornados menos intensos) por materiais ricos em hidrogênio como a água, cerâmicas, fibras orgânicas, borrachas, adesivos, entre outros, mesmo se envoltos por espessas camadas de alguns metais.
"De uma maneira geral, as informações da estrutura interna dos objetos, trazidas por estas duas radiações, são complementares entre si. Comparando duas imagens radiográficas de um mesmo objeto (um cartucho, por exemplo), sendo uma formada por raios-x e outra por nêutrons, é possível observar o caráter complementar”, explicou o Reynaldo Pugliesi, acrescentando que, dentre as várias técnicas de imageamento que utilizam nêutrons, destacam-se as da radiografia em filmes convencionais e polímeros, tempo-real, e a da tomografia.
Segundo o pesquisador, as atividades de imageamento com nêutrons no CRPq iniciaram-se entre 1987 e 1988, quando foram utilizados os feixes de dois dos canais de irradiação do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, para verificar a viabilidade de se obter radiografias com nêutrons. Devido aos bons resultados preliminares, em fins de 1988, foi formado um grupo de trabalho para projetar e construir um equipamento versátil, capaz de produzir imagens por diversas técnicas com nêutrons, que ficou operacional em 1992 e foi instalado neste mesmo reator.
"Nesta época foram desenvolvidas técnicas de imageamento empregando diversos tipos de conversores de radiação, confeccionados em Gadolínio, Disprósio e de Boro, combinados com filmes convencionais para raios-X e polímeros para o registro das imagens”, explicou Reynaldo.
O grupo tem realizado tomografias de diversos objetos, entre eles um vaso cerâmico contemporâneo restaurado, selecionado por ser um dos materiais mais comuns encontrados em sítios arqueológicos brasileiros, uma amostra arqueológica proveniente de escavações de um sítio arqueológico localizado na cidade de Jales, São Paulo, e também de uma célula a Hidrogênio, numa tentativa de avaliar a distribuição de água em seu interior.
Reynaldo destaca que o equipamento para imageamento do IPEN é muito versátil e, com poucos ajustes, é possível adequá-lo para obter imagens com nêutrons por diversas outras técnicas. "É importante mencionar que a qualidade das imagens aqui mostradas é devida à excelência do reator nuclear de pesquisas IEA-R1 do IPEN-CNEN/SP, que fornece a quantidade de nêutrons adequada para esta finalidade”.
Atualmente o grupo conta com três pesquisadores. Reynaldo acredita que com a instalação do novo reator nuclear para pesquisas, o Reator Multipropósito Brasileiro – RMB, as possibilidades tanto para aprimorar a qualidade dessas imagens, quanto para o desenvolvimento de outras técnicas de imageamento com nêutrons, serão ampliadas.
Mais informações sobre as pesquisas de imageamento com nêutrons pelo e-mail: pugliesi@ipen.br 
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Ana Paula Freire
da Assessoria de Comunicação Institucional do IPEN


Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes 2016


Medicina Nuclear em Revista #13

A nova edição da Medicina Nuclear em Revista já foi publicada! No número 13 você confere uma entrevista exclusiva com o presidente da Cnen, Renato Machado Cotta, um especial sobre o funcionamento do CDTN e do IEN. Em destaque uma homenagem à memória de Prof. Edwaldo Camargo e, na capa, o processo operacional de manuseio, acondicionamento e transporte da matéria-prima de nossa especialidade: os radiofármacos! Confira! A revista está em fase de distribuição, mas já pode ser acessada no site da SBMN! clique aqui no link e confira! http://bit.ly/1QFse9P




Por dentro da medicina nuclear

Especialidade médica permite diagnóstico de alta qualidade do corpo em funcionamento

Matheus Steinmeier
RS Press
Comunicação Corporativa
(11) 3875 6296
(11) 9 9933 0433
matheushenrique@rspress.com.br

Ainda pouco conhecida, a medicina nuclear (MN) utiliza quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para visualizar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos em pleno funcionamento. Dessa forma a especialidade pode realizar imagens, diagnósticos e até ser usada como opção de tratamento para doenças crônicas e até oncológicas.

A diretora do serviço especializado da MND Campinas, Elba Etchebehere, explica que entre os principais avanços desse tipo de medicina estão exames como a cintilografia do miocárdio e óssea, além da densitometria. “A MN é capaz de diagnosticar diversas doenças, que incluem embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências e outras”, conta.

Por mais que não seja nova, ainda existem muitas dúvidas da população sobre a especialidade, para mudar esse cenário, a médica tira as sete principais dúvidas sobre a medicina nuclear:

- A radioatividade dos procedimentos da MN é perigosa para o organismo?

De maneira alguma. As quantidades de radiação utilizadas tanto para diagnósticos tanto para terapias em medicina nuclear são muito pequenas e utilizam substâncias que são rapidamente eliminadas pelo corpo (meia-vida muito curta). 

- Essa radioatividade dos radiofármacos tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima?

Não. No caso de acidentes como esses há a liberação de enormes quantidades de radiação sem controle. Essas sim podem ter efeitos nocivos no organismo. Quando pequenas quantidades são utilizadas de maneira controlada, como na MN, não há dano. 

- Alguém que se trata com radiofármacos pode ficar radioativo?

Não. Além da baixa radioatividade presente nestes medicamentos, os radiofármacos não são indicados para serem utilizado com frequência. Esse tipo de tratamento, de maneira geral, é feito em dose única ou com poucas doses, diferente de medicamentos habituais em que é feito uso contínuo. 

- Como o médico toma a decisão de inserir a medicina nuclear como terapêutica ou diagnóstico?

Essa decisão é tomada sobretudo levando em consideração os procedimentos minimamente invasivos, capazes de preservar a saúde do paciente e evitar intervenções desnecessárias. 

- Os radiofármacos podem ser utilizados com outros medicamentos?

Sim. Dependendo do tratamento, os radiofármacos são usados muitas vezes em concomitância com outros tratamentos (terapia alvo). 

- Qual o diferencial da medicina nuclear no campo do diagnóstico?

Pode-se dizer que é a capacidade de diagnósticos funcionais. A tecnologia empregada pela especialidade permite a visualização de tecidos e órgãos em pleno funcionamento. Dentre os exames disponíveis estão análises do funcionamento do coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, além da avaliação de doenças nos ossos e o diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo. 

- Qual o caminho deve-se fazer (nos sistemas privado e público) para chegar até o médico nuclear?

O principal caminho é buscar no sistema de saúde médicos que são a porta de entrada, principalmente os de especialidades clínicas. Estes especialistas clínicos encaminham o paciente até o médico nuclear para a realização dos exames e tratamentos.


Sobre a MND Campinas

Fundada em 1995, a Medicina Nuclear Diagnóstica Campinas une uma equipe de profissionais pioneiros em PET/CT no Brasil, um dos principais avanços da especialidade. A clínica oferece a médicos e pacientes serviços em diagnóstico por imagem, trazendo o que há de mais moderno em medicina nuclear. Tem como diferencial a capacitação do corpo clínico, com médicos, biomédicos e enfermeiros em processo de constante aperfeiçoamento para acompanhar os avanços da especialidade.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

SBMN inicia Programa de Reuniões Científicas em SP

Primeiro encontro será dia 23/5 e terá como tema PET/CT com PSMA-Ga68: Princípios e aplicações


Com o tema “PET/CT com PSMA-Ga68: Princípios e aplicações terá início o Programa de Reuniões Científicas da SBMN de 2016 em São Paulo. A atividade acontecerá no dia 23 de maio, das 20h às 21h30, no Golden Tulip Paulista Plaza, localizado na Alameda Santos, 85.
As apresentações serão realizadas por  Miguel Srougi, Marcelo Livorsi da Cunha e Ronaldo Hueb Baroni e contam com a moderação de Elba Cristina de Sá Camargo Etchebehere.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas por meio de envio de mensagem para a secretaria da SBMN – via e-mail: sbmn@sbmn.org.br, informando o nome do participante, telefone e e-mail.
Confira o calendário do Programa de Reuniões Científicas da SBMN: http://migre.me/tDxFf


SBMN publica três primeiros guidelines


Confira no site da SBMN os três primeiros Guidelines de Procedimentos da Medicina Nuclear publicados pela SBMN!


Lançamento do livro "Cintilografia Óssea com 99m Tc MDP - Fundamentos da Interpretação"

Aconteceu na 46ª Jornada Paulista de Radiologia (evento oficial), o lançamento do livro "Cintilografia Óssea com 99m Tc MDP - Fundamentos da Interpretação", do médico nuclear e membro da SBMN, João Eduardo Irion.


Medicina Nuclear na 42ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR)

DE 28/4 a 1º de maio aconteceram as atividades de medicina nuclear que integraram a grade científica da 42ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR) - ‪#‎JPR2016‬ ‪#‎SBMNnaJPR2016‬.
Mais de 50 participantes acompanharam as apresentações na sala M do ExpoTransamérica.





















42° JPR - Medicina Nuclear

No sábado 30 de abril as atividades na 42° JPR começaram com a apresentação do presidente da SBMN, Claudio Tinoco Mesquita (foto), que abriu os trabalhos do dia no Curso de Atualização: Cardiologia Nuclear! E, na sala B, ocorreu também pela manhã a mesa "Medicina Nuclear para Biomédicos e Físicos" #JPR2016#SBMNnaJPR2016


Segundo dia de MN na 42ª JPR





MN na 42ª JPR

DE 28/4 a 1º de maio aconteceram as atividades de medicina nuclear que integraram a grade científica da 42ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR) -‪#‎JPR2016‬ ‪#‎SBMNnaJPR2016‬.
Mais de 50 participantes acompanharam as apresentações na sala M do ExpoTransamérica.











Medicina Nuclear na 42° JPR

O programa da Medicina Nuclear na 42° JPR seguiu até este domingo. As atividades aconteceram na sala M - no Expo Transamerica - em São Paulo! ‪#‎SBMNnaJPR‬ ‪#‎JPR2016‬







XI Simpósio de PET/CT em Oncologia e VIII Simpósio de SPECT/CT em Oncologia

>> Intercâmbio educacional e homenagens marcaram encontro de medicina nuclear em oncologia em São Paulo

Nos últimos dois dias (26 e 27 de abril) foi realizado em São Paulo o XI Simpósio de PET/CT em Oncologia e VIII Simpósio de SPECT/CT em Oncologia – com enfoque no tratamento de tumores genitourinários. A atividade foi promovida pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL) Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.
O encontro contou com a presença do presidente da SBMN, Claudio Tinoco Mesquita, do diretor científico Sérgio Altino, e dos representantes das regionais da Sociedade na Bahia e Distrito Federal, respectivamente, Adelina Sanches e Gustavo Gomes; e dos conselheiros, Celso Darío Ramos e Adelanir Barroso.
Além do intercâmbio de conhecimento entre os participantes, merece destaque as justas homenagens à memória do Prof. Edwaldo Camargo realizadas na atividade. Esta edição do encontro foi dedicada ao Professor, que foi um dos idealizadores e coordenadores do Simpósio, ao lado de Allan de Oliveira Santos e Elba Etchebehere. Reconhecido e admirado por seus pares no Brasil, EUA e em outras partes do mundo, Prof. Edwaldo faleceu no dia 4 de março deste ano.
Em nome da SBMN, o presidente prestou homenagem e ressaltou a honra para a entidade de ter contato com a gestão do Prof. Edwaldo como presidente da Sociedade na gestão 1993-1996. “A sua contribuição para a especialidade continua sendo fundamental para a medicina nuclear brasileira e internacional, tanto no que cabe à disseminação da prática quanto no desenvolvimento e aperfeiçoamento da produção acadêmica e científica”.