segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ipen completa 56 anos com assinatura de acordo entre ministérios

 30 de Agosto de 2012

Fonte: Site MCTI

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) comemora 56 anos nesta sexta-feira (31) com solenidade no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, em São Paulo. Na ocasião, será assinado um acordo de cooperação e assistência técnica entre o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para fortalecer a produção, modernizar e qualificar as plantas produtivas do Ipen e do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), instituições de pesquisa ligadas à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI).

Participam da cerimônia os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Saúde, Alexandre Padilha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o presidente da Cnen, Angelo Padilha, e o superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira Junior, entre outros governantes, dirigentes e gestores de instituições científicas.

O evento marca ainda a assinatura de um convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do estado, o Ipen e a Cnen, com a interveniência do MCTI e da Universidade de São Paulo (USP), que disciplina a utilização, a gestão e o gerenciamento de bens e instalações do Ipen pela Cnen. Pelo acordo, os investimentos estaduais no instituto nos próximos 25 anos totalizam R$ 18,8 bilhões. Com isso, fica assegurada a continuidade de mais de 190 linhas de pesquisa estabelecidas no plano de trabalho institucional.

Vieira Junior reforça a importância do convênio como apoio técnico ao empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro, “um dos mais importantes projetos do MCTI e fundamental para a independência brasileira na produção de radiofármacos”. Trata-se de medicamentos marcados com energia nuclear, que, por essa característica, ganham outras funções.

Adequação

O investimento do Ministério da Saúde será feito nos próximos dois anos e tem como objetivo a adequação da infraestrutura da produção de radiofármacos às normas recentes da Anvisa. Até 2014 toda a área passará por adequações, para atender todos os requisitos legais da agência, estabelecidos no final de 2009.

O acordo é realizado no âmbito do Programa para o Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (Procis), com investimento no Ipen de R$ 17,4 milhões, para a área de radiofarmácia, na qual são produzidos elementos radioativos utilizados em medicina nuclear para terapia e diagnóstico em várias áreas, como oncologia, neurologia e cardiologia, entre outras. Também são desenvolvidas pesquisas visando a obtenção de novos radiofármacos e radioisótopos, em parceria com a classe médica.

“A medicina nuclear brasileira é em grande parte abastecida pelos produtos do Ipen, com um amplo alcance social”, destaca João Alberto Osso Junior, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Radiofarmácia. São 380 clínicas e hospitais que recebem os produtos fabricados no instituto, totalizando 10 mil pacientes por dia ou 3 milhões de procedimentos médicos por ano. Estima-se que 30% dos procedimentos ocorrem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ipen é uma autarquia estadual gerenciada técnica, administrativa e financeiramente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. É associada à USP para fins de pós-graduação, no programa de tecnologia nuclear. Em agosto, o instituto chegou a 2 mil títulos de mestrado e doutorado outorgados.

Leia mais sobre o evento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário