quinta-feira, 15 de setembro de 2016

No Dia do Médico Nuclear, resgate histórico e o impacto do papel da mulher na Medicina Nuclear marcam comemoração dos 55 anos da SBMN


Aproximadamente 100 pessoas se reuniram na noite de 14 de setembro para celebração dos 55 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e o Dia do Médico Nuclear. A confraternização, que contou com o apoio educacional do Grupo RPH, aconteceu em São Paulo, cidade-sede da entidade.
Com foco na figura da mulher, o presidente da SBMN, Claudio Tinoco Mesquita, abriu o encontro compartilhando um panorama do potencial da medicina nuclear na assistência diagnóstica e terapêutica à saúde das pacientes, como em casos de câncer de mama e doenças cardiovasculares, entre outros.
O ponto alto da noite coube à apresentação da médica nuclear Marília Marone. Uma das primeiras mulheres a ingressar na especialidade, ela representa a história de lutas e vitórias da Sociedade, juntamente com a Dra. Dra. Anneliese Fischer, uma das sócias fundadoras da entidade, que esteve presente na cerimônia e acompanhou Marília num verdadeiro mergulho nas diversas fases já vivenciadas ao longo das mais de cinco décadas de vida da SBMN.
De maneira dinâmica e espontânea, Marília percorreu desde o momento da fundação até o presente da medicina nuclear. Ela demonstrou, sobretudo, a força que mulheres como a Dra. Vêronica Eston – que junto com seu marido Dr. Ted de Eston, fundou a entidade; e da Dra. Anneliese, que sobretudo é mestre e amiga nesta trajetória. Ela destacou que, inclusive, dos 16 presidentes que já passaram pela diretoria da entidade, há apenas duas mulheres: ela e Cristiana Altino de Almeida.
Para Marília, o universo feminino na Sociedade ainda pode (e deve) crescer mais “e com direitos e deveres iguais”. Hoje, a entidade possui 792 médicos nucleares. Destes, aproximadamente 34% são mulheres, conforme aponta a “Demografia Médica 2015” – levantamento publicado pelo Conselho Federal de Medicina em parceria com a regional São Paulo (Cremesp). “As mulheres são um terço ainda. Precisamos batalhar por mais de nós neste meio”, reforçou ela!
Marília contou ainda que a SBMN foi fundada em 1961 e sua sede foi instituída apenas em 1970. “Até lá a Sociedade eram os livros, as atas! Fizemos vários congressos desta forma, sem infraestrutura. Sempre fomos unidos”, disse ela frente aos olhares surpresos de alguns dos médicos nucleares presentes na sala. Ela recordou um período em que a entidade foi para a “UTI”, no início da década de 80, e contou que de 1984 a 1994 os congressos se transformaram em encontros regionais – que contribuíram para fomentar o desenvolvimento educacional e cientifico dos médicos brasileiros.
Como mensagem Marília conclamou todos a continuarem juntos, e lutando.
“É preciso mantermos esta Sociedade fortalecida, unida. Só assim poderemos crescer mais e solidificar ainda mais o potencial de nossa especialidade. Este Dia do Médico Nuclear vem em nosso favor, para mantermos vivos este espírito”, finalizou ela.
Uma inesperada declaração emocionou a todos os participantes. Após pedir a palavra, Dra. Anneliese referenciou uma justa homenagem pelas contribuições e persistência em meio as adversidades pelas quais Marília passou em favor da entidade. Emocionada, Anneliese embargou a voz ao agradecer a amiga por tudo!
Ao final, o presidente da SBMN, Claudio Tinoco, em nome da Sociedade, entregou a cada uma das mulheres uma rosa como símbolo do reconhecimento e agradecimento de todos a contribuição de cada uma delas na concepção da história da entidade. Passado, presente e futuro.
Merece destaque no evento a presença de dois dos presidentes da entidade, José Carlos Barbério e José Soares, que prestigiaram as atividades. O encontro também contou com a presença de representantes do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), o superintendente José Carlos Bressiani, e de Wilson Calvo. Ambos entregaram a Tinoco Mesquita um livro dos 60 anos de história do Instituto.
Este é o segundo ano que foi celebrado o Dia do Médico Nuclear. A data foi instituída no ano de 2015 e agora passa a ser tradição no calendário brasileiro. A entidade inclusive lançou uma ação virtual em sua rede social facebook de esclarecimento à população geral sobre o que é a medicina nuclear. Confira, clique aqui!


Presidente da SBMN anuncia: Sociedade recebe Prêmio CNEN “Otacílio Cunha”

Em uma noite marcada por emoção, um anúncio surpresa complementou com chave-de-ouro as celebrações do Dia do Médico Nuclear.
Ainda durante a solenidade, o presidente da SBMN, Claudio Tinoco Mesquita, compartilhou uma importante conquista para a história da medicina nuclear nacional e da entidade.
A SBMN recebeu o “Prêmio Otacílio Cunha” da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).
A honraria, que leva o nome do primeiro presidente da CNEN, é considera o reconhecimento máximo concedido pela Comissão às instituições que tenham se destacado no progresso e difusão da energia nuclear brasileira aplicada em benefício da população brasileira.
Emocionado, Tinoco apresentou as imagens de assinatura do Prêmio, que foi entregue às suas mãos pelo presidente da CNEN, Renato Machado Cotta, no dia 13 de setembro, em reunião realizada na sede da CNEN, ocasião em que lá esteve reunido em companhia de Sérgio Altino.
A cerimônia de entrega oficial do Prêmio será no dia 10 de outubro, no Rio de Janeiro, cidade-sede da CNEN.


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