15/03/2011 18h16 - Atualizado em 15/03/2011 18h50
Situação na Fukushima Daiichi 'piorou consideravelmente', segundo a ISIS. Tremor e tsunami causaram mortes, destruição e crise nuclear no Japão.
Um órgão norte-americano especializado em segurança nuclear afirmou nesta terça-feira (15) que a situação na usina Fukushima Daiichi "piorou consideravelmente" e que o acidente nuclear ocorrido após o terremoto seguido de tsunami do dia 11 pode chegar ao nível 7, o máximo na escala que mede incidentes nucleares.
A avaliação é do Institute for Science and International Security (ISIS).
Segundo eles, a explosão no reator 2 e o fogo no reservatório de combustível gasto do prédio do reator 4 significam que o acidente não pode mais ser visto como de grau 4 na escala que vai até 7, como dizem as autoridades japoneses.
Segundo o ISIS, o acidente ocorrido na usina na província japonesa de Fukushima está no grau 6, e pode alcançar o grau 7, o mesmo do desastre de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
Um evento do nível 6 na escala INES significa que as consequências são amplas e que medidas de contenção são necessárias para lidar com a contaminação radioativa.
Um evento de nível 7 envolve uma liberação mais ampla de material radioativo, e requereria medidas mais amplas.
A entidade pediu à comunidade internacional que aumente a ajuda ao Japão para conter a situação de emergência nos reatores e para evitar uma contaminação maior.
A agência nuclear da ONU afirmou que os desdobramentos da crise nuclear japonesa são "preocupantes". Na véspera, o governo japonês pediu ajuda a especialistas da agência, e também a técnicos norte-americanos.
A Comissão Europeia classificou a situação na usina japonesa de "apocalipse". A autoridade nuclear francesa também avaliou o incidente como de grau 6.
A União Europeia anunciou que vai realizar "testes de resistência" em suas usinas, após os incidentes no Japão.
Nível de contaminação radioativa de moradores de Koriyama, em Fukushima, é avaliado nesta terça-feira (15) (Foto: AP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário