BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff está preocupada com os efeitos da crise nuclear japonesa na política brasileira para o setor, informou nesta terça-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
"A presidente está extremamente preocupada com os efeitos, inclusive aqui, sobre a nossa política, toda essa questão da energia atômica, a energia nuclear", disse Carvalho a jornalistas, após participar, com Dilma, do lançamento do Fórum Direitos e Cidadania, no Palácio do Planalto.
O terremoto seguido de um tsunami que atingiu o Japão na semana passada tem causado vazamento de radioatividade na usina nuclear de Fukushima.
O Brasil possui duas usinas nucleares em atividade, em Angra dos Reis (RJ). Uma terceira central está em construção na mesma localidade e o governo tem planos de ampliar o parque atômico. A expectativa é de que nos próximos anos pelo menos duas novas nucleares sejam construídas no Nordeste.
Na segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o risco nuclear no Japão não levaria o Brasil a rever seus planos no setor.
Carvalho ressaltou que é preciso acompanhar a extensão do problema no Japão antes de se definir as conseqüências.
"Ainda estamos observando. Não se sabe a extensão da questão japonesa. Só depois de ter uma análise mais profunda é que se pode pensar nas influências que o evento japonês terá na nossa política nuclear", disse Carvalho.
A tragédia japonesa levou a Alemanha, a Suíça e outros países da União Europeia a reavaliarem projetos de usinas nucleares.
(Reportagem de Leonardo Goy)
Link original: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/03/15/dilma-acompanha-japao-atenta-questao-nuclear-diz-ministro-924014049.asp
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