"O risco pode estar sendo super valorizado pelo teste de esforço e, com o auxílio da imagem cardíaca não-invasiva, o cateterismo pode ser evitado. Nesses casos, a cintilografia de perfusão miocárdica com tomografia computadorizada por emissão de fóton único pode ser útil, quando os achados do teste de esforço levantam a suspeita de um falso positivo", explica João Vítola, um dos pesquisadores envolvidos.
Estudos anteriores a esse demonstraram que as taxas anuais de mortalidade por DAC podem variar de menos de 1% em pacientes com resultado normal na cintilografia do miocárdio a mais de 5% naqueles avaliados como de alto risco pelo escore de Duke (método de pontuação usado em testes de esforço que classifica os pacientes como baixo, médio e alto risco de sofrer de DAC).
O grupo de pesquisadores concluiu, acompanhando de perto a mortalidade ao longo de quatro anos em um subgrupo de 310 pessoas que haviam sido diagnosticadas de alto risco pelo escore de Duke, que há pacientes cuja uma atitude mais conservadora é segura. "Esses resultados ocorreram com frequência, por exemplo, em pacientes mais jovens, hipertensos, com alta tolerância ao esforço e sem angina (dor no peito) durante o teste de esforço", relata João Vítola. "É importante ressaltar que o cateterismo cardíaco é um exame decisivo em várias situações clínicas e ajuda a salvar vidas, principalmente em pacientes instáveis e no infarto agudo do miocárdio, entretanto, por ser invasivo, precisa ser muito bem indicado e administrado em pacientes estáveis e, principalmente, assintomáticos", explica o cardiologista nuclear.
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