quarta-feira, 16 de maio de 2012

IEA-R1 se moderniza e prepara operação a 5 megaWatt

 Imerso em uma piscina de nove metros de profundidade contendo água desmineralizada, está o núcleo do reator IEA-R1. O efeito azulado é conhecido como efeito Cerenkov

O reator nuclear de pesquisas IEA-R1 operou durante o último mês de abril a 5 megaWatt, sua potência máxima de projeto. A instalação tem operado a 4,5 megaWatt, por 64 horas contínuas. Ampliar a potência significa aumentar o fluxo de nêutrons nas posições de irradiação de amostras, onde são produzidos os radioisótopos para medicina, agricultura, indústria e pesquisa. O uso mais conhecido dos radioisótopos ocorre na medicina, para produção dos radiofármacos, para diagnóstico e terapia nas áreas de oncologia, cardiologia, neurologia, entre outras.

Nos últimos anos, foram realizadas modernizações em equipamentos e infraestrutura e o reator vem, gradativamente, aumentando a sua potência. Em 2011, o reator operou a 4 megaWatt no primeiro semestre e a 4,5 megaWatt no segundo semestre, durante 64 horas contínuas. A previsão é de que até o final do ano o reator passe a operar à potência máxima de 5 megaWatt.

De acordo com o chefe de operação do IEA-R1, Walter Ricci, as melhorias permitiram continuar atendendo todos os critérios de segurança que uma instalação desse porte exige, garantindo deste modo a satisfação de seus clientes e colaboradores. Ele destaca ainda que além de permitir aumento na produção de radioisótopos, abre-se a possibilidade de que novos projetos sejam retomados ou propostos.

A operação no mês de abril permitiu que aspectos de segurança, produção e pesquisa fossem reavaliados. O IEA-R1 completa, em setembro, 55 anos de operação contínua, com prestação de serviços à sociedade e à comunidade científica, apoiando pesquisas de alta relevância para o país e garantindo a produção de matéria-prima que ajuda a diagnosticar e tratar doenças, além de melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idc=11446

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