segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Em visita à Argentina, ministro Celso Pansera destaca a importância do RMB



O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, e o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Barañao, assinaram nesta segunda-feira (22) acordos bilaterais que reforçam a parceria estratégica entre os dois países. Durante visita oficial da comitiva brasileira que está em Buenos Aires, Pansera colocou à disposição da comunidade científica argentina dois importantes projetos do Brasil: o supercomputador Santos Dumont e o acelerador Sirius, fonte de luz síncrotron de quarta geração. Pansera também aproveitou a oportunidade para reforçar a importância do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), projeto da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) que será construído em Iperó, no interior de São Paulo.
“Sabemos bem a importância estratégica que a Argentina tem para o Brasil em termos políticos e científicos”, disse Pansera. “A visita de uma delegação brasileira é um salto quântico para o estreitamento de relações entre os dois países”, acrescentou Barañao.
O ministro Celso Pansera também destacou a importância de uma parceria em torno do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que, segundo ele, dará ao Brasil autonomia na produção de radiofármacos. “É uma estratégia de governo”, disse. Para facilitar o entendimento dos dois países sobre as cooperações relativas ao RMB, o presidente da CNEN, Renato Machado Cotta, integra a comitiva do MCTI na visita à Argentina.
Além da assinatura de acordos nas áreas de nanotecnologia e astropartículas, os dois ministros discutiram a cooperação nas pesquisas da dengue e do zika vírus. Pansera lembrou que a presidenta Dilma Rousseff deve anunciar investimentos para pesquisas e desenvolvimento de vacinas. “O zika vírus é uma novidade que o Brasil está encarando de frente. Temos que olhar e enfrentar esse problema”, afirmou.

Saída da crise
Celso Pansera também celebrou o novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, sancionado em janeiro pela presidenta Dilma. Segundo ele, o marco destrava as relações entre as universidades e o setor produtivo. “Nos próximos anos, o marco terá um significado muito grande para produção científica brasileira e, particularmente, para a geração de riqueza e o bem-estar social a partir de novos conhecimentos”, disse.
Para Pansera, os investimentos em CT&I devem ser vistos como uma saída para a crise. “Estamos discutindo com a sociedade e com o governo para que esse seja o momento da ciência, da tecnologia e da inovação. Que a crise nos ensine isso de forma consistente para sair dela. E para sair bem.”
Junto com o novo marco, segundo Pansera, um empréstimo em negociação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai impulsionar as pesquisas científicas no Brasil. “O dinheiro deverá chegar ao sistema em 2016, o que nos dará oxigênio para nossas pesquisas”, disse o ministro.

Fonte: CNEN


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