segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Falta material para exames médicos no país - no Jornal Nacional dia 04/06/2009

Link original REPORTAGEM JORNAL NACIONAL: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1183578-10406,00-FALTA+MATERIAL+PARA+EXAMES+MEDICOS+NO+PAIS.html


"O molibdênio é usado nos exames para identificar, principalmente, tumores de câncer, risco de infarto e problemas no cérebro.

A falta de matéria-prima para produzir um componente radioativo está provocando a redução e até mesmo o cancelamento de exames de cintilografia em centenas de clínicas e hospitais do país.

O material em falta na clínica é o molibdênio, usado nos exames de diagnóstico por imagem para identificar, principalmente, tumores de câncer, risco de infarto e problemas no cérebro.

O material radiotivo é preparado no Ipen, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de São Paulo, mas a distribuição foi interrompida há dez dias por causa de um problema no Canadá.
O reator da única empresa que fornece a matéria-prima para a produção do molibdênio no Brasil teria sido desligado, depois de um problema no funcionamento.

O molibdênio é um elemento instável, que perde o princípio da radioatividade com o tempo. Por isso, ele só pode ser armazenado nos hospitais por no máximo duas semanas. Por causa da falta deste material, os hospitais de São Paulo já estão cancelando os exames que estavam marcados para a semana que vem.

"O tempo é fundamental no câncer. Então, hoje, um câncer que é considerado curável, tratável, se passar muito tempo sem o diagnóstico correto, o prognóstico pode ser completamente diferente”, informa o médico Fabio Caligari.

O problema atinge todos os 300 hospitais e clínicas do país que fazem os exames de diagnóstico por imagem. O Ipen espera voltar a atender 65% das necessidades nacionais em duas semanas.

“O nosso critério inicial é a distribuição proporcional à demanda histórica, de modo que todos tenham o mesmo prejuízo, a divisão do prejuízo, vamos assim dizer. Agora, qualquer outra alternativa a essa decisão será vinda do Ministério da Saúde”, explica o superintendente do Ipen-SP, Nilson Dias Vieira Júnior.

No Hospital de Câncer de Barretos, que faz 2 mil exames por mês, o estoque só dura até sábado.

"Esse atendimento, provavelmente, vai ficar a zero se não for restabelecido”, alertou o médico do Hospital do Câncer de Barretos, Euclides da Rocha.

O Ministério da Saúde informou que fornecerá apoio técnico e logístico ao Ipen para a distribuição e o remanejamento de estoques do produto."

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