segunda-feira, 14 de março de 2011

Entenda a emergência nuclear após o terremoto no Japão

13/03/2011 18h58 - Atualizado em 13/03/2011 18h58

Terremoto atingiu complexos nucleares e colocou país em alerta nuclear. Funcionários trabalham desesperadamente para impedir superaquecimento.
 
 
Após o forte terremoto seguido de tsunami que abalou o Japão na última sexta-feira, o país luta agora para evitar o colapso de três reatores no complexo nuclear de Fukushima Daiichi, 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

A paralisação do sistema de refrigeração reserva de Fukushima causou um acúmulo de calor e pressão.

Funcionários trabalham desesperadamente para impedir o superaquecimento. Se o esforço fracassar, os compartimentos que guardam o combustível nuclear podem derreter ou até explodir, provocando o vazamento de material radioativo na atmosfera. O governo confirmou que três reatores nucleares correm esse risco.

Autoridades liberaram vapor radioativo para aliviar a pressão nos reatores.

O complexo sofreu uma explosão no sábado que destruiu o teto do edifício que abriga um reator. As autoridades estão usando água do mar para resfriar o edifício.

O reator número 1 de Fukushima tem 40 anos e, originalmente, estava programado para deixar de operar em fevereiro, mas teve sua licença estendida por mais 10 anos.

A emergência é o pior acidente nuclear desde o desastre de Chernobyl de 1986. Como precaução, cerca de 140 mil pessoas foram retiradas da área nos arredores de Fukushima. Os níveis de radiação também estão em alta na usina nuclear de Onagawa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), no entanto, disse que o risco à saúde pública das usinas atômicas do Japão são 'muito baixos.'

O Órgão Meteorológico do Japão anunciou que os ventos na área mudariam de sul a oeste na noite de domingo, soprando de Fukushima em direção ao Oceano Pacífico. 'A direção do vento é ideal para as pessoas no Japão. Estará soprando na direção do Pacífico,' disse à agência de notícias Reuters Lennart Carlsson, diretor Segurança de Usinas Nucleares da Suécia. 'Eu não acho que não vai haver nenhum problema para outros países.'

O terremoto de magnitude 8,9 seguido de um tsunami na sexta-feira deixou pelo menos 1.353 mortos e 1.085 desaparecidos no Japão, segundo o balanço mais recente da polícia nacional.

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