terça-feira, 15 de março de 2011

Presidente da Eletronuclear vai ao Senado falar sobre energia atômica

15/03/2011 16h03 - Atualizado em 15/03/2011 16h13

Comissão de Meio Ambiente aprovou convite para audiência pública. Senadores estão preocupados com segurança das usinas nucleares.
 
Com a iminência de um desastre nuclear no Japão, após o terremoto seguido de tsunami que fez milhares de vítimas no país, a Comissão de Meio Ambiente do Senado decidiu chamar o presidente da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, para esclarecer no Congresso as condições de funcionamento das usinas nucleares brasileiras.

Aprovado na reunião desta terça-feira (15), o requerimento apresentado pelos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Jorge Viana (PT-AC) prevê o convite ao presidente da Eletronuclear para participar de uma audiência pública em data ainda a ser marcada pelo Senado.

Segundo o documento, a reunião terá como objetivo “esclarecer o Senado e a sociedade questões sobre o programa nuclear brasileiro, em face dos desastres ocorridos no Japão”.

Os senadores querem saber detalhes do sistema de segurança das usinas brasileiras, conhecer o plano de emergência elaborado pela Eletronuclear em caso de um vazamento radioativo e esmiuçar os projetos de expansão do programa nuclear brasileiro.

Os parlamentares também estão preocupados com os sistemas de armazenagem e de resíduos radioativos e a segurança em torno da prevenção de acidentes.

Usinas

O Brasil tem duas usinas nucleares em funcionamento: Angra 1 e Angra 2, ambas no litoral Sul do Rio de Janeiro. Angra 3 está em construção. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás responsável pela construção de usinas nucleares, Angra 1 e 2 podem suportar ondas de até 6 metros de altura.

Além do presidente da Eletronuclear, o senador Valadares sugeriu que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também participe do debate para falar sobre os projetos de construção de quatro usinas nucleares no Brasil, bem como da segurança do uso dessa fonte energética.

O mundo acompanha com apreensão a sequência de explosões nas usinas japonesas que foram atingidas pelo terremoto. O risco de uma catástrofe nuclear já levou diferentes países a anunciar mudanças na segurança de seus programas nucleares e deve afetar a reativação do setor energético em vários países.

Meio Ambiente

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve no Senado nesta terça-feira e afirmou que “o desastre é de larga escala, é monumental. Todo o planeta vai aprender com esse fato triste e lamentável que aconteceu no Japão”.

“O mundo todo acompanha o que está acontecendo no Japão. O que nós do Ministério do Meio Ambiente estamos observando é o desastre natural no país e as medidas de contingência que o governo japonês vem adotando. É importante observar o trabalho da defesa civil, sistema de alarme para a população, para aprender”, afirmou a ministra.

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